No sábado 17, em evento de lançamento da capital paraense como sede da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, COP30, o presidente Lula criticou severamente um programa habitacional do prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi (Republicanos), cujas unidades habitacionais, contam com apenas 15 metros quadrados de área construída.
Lula disparou:”significa que ele não entende de pobre”,”significa que esse prefeito não é um cara humano“, “que esse prefeito acha que pobre tem que ser tratado como se fosse uma coisa, não como um ser humano que merece respeito“.
O prefeito desumano retrucou, acusando o presidente Lula de “mentiroso” e de fazer “politicagem”.
Poleiros e não casas
No último dia 19 na edição do programa Conversa com o presidente, Lula voltou a acentuar o tom da polêmica, e diz que “daqui a pouco vamos estar construindo poleiros” e chamou de “degradação do ser humano“, aquilo que o prefeito da direita golpista chama de casas.
Campinas tem um PIB de mais de R$643 bilhões (2022), o segundo maior PIB do Estado de São Paulo (que no mesmo ano passou de R$3 trilhões).
Estão sendo consumidos mais de 6 milhões na construção de 116 “casas embrião”, que abrigaram 450 pessoas, ou melhor, amontoariam,em um terreno abandonado e ocioso a mais de 30 anos, que mais de 600 famílias, aproximadamente 2500 pessoas ocuparam na área do jardim Capivari no entorno de Campinas.
Os “embriões” custarão a cada família mais 25 mil reais, contemplando, apenas 116 dentre as que faziam parte da área ocupada.
Por um plano de moradias populares
O déficit habitacional acumulado é gigantesco. Para liquidá-lo, seria necessário a construção de mais ou menos 1,3 milhão de moradias por ano no Brasil.
As condições de habilitação da população mostram a abissal desigualdade flagrante das condições de vida de uma país, cuja a sociedade é dominada pelos banqueiros e grandes monopólios, inclusive, de especuladores imobiliários.
Para pôs fim à esta situação é preciso uma grande mobilização popular, ampliando-se as ocupações, como forma d e luta contra os especuladores e para exigir a construção de milhões de moradias populares, em um plano nacional financiado por tribulus sobre o grande capital e tomando para o povo recursos como os da imensa riqueza do petróleo nacional que precisa ser explorado em favor do povo trabalhador.