Em sentença proferida em maio, a Justiça do Trabalho do Mato Grosso do Sul concluiu que o ritmo extenuante de trabalho da fábrica da JBS em Sidrolândia (MS) explica parte das doenças ocupacionais, como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), desenvolvidas por funcionários da unidade.
No processo movido pelo sindicato da categoria, da CUT, além das doenças relacionadas ao ritmo de trabalho foram observadas diversas irregularidades graves, desde vazamento de amônia até acidentes que levaram à morte de trabalhadores.
As empresas ainda podem recorrer, mas os trabalhadores já preparam mobilização caso haja recusa no pagamento.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) possui mais de 2.300 entidades sindicais filiadas a ela e, com isso, consagrou-se como a maior central sindical de toda a América Latina e, consequentemente, uma das maiores do mundo. Por isso, ocupa local central na mobilização dos trabalhadores no Brasil.
O direito à sindicalização é um dos mais fundamentais para a organização independente da classe trabalhadora e das massas exploradas. No entanto, muitas vezes os desempregados são excluídos desse direito. Por isso, é necessário garantir o direito de sindicalização para todos os desempregados, para que possam se organizar e lutar por seus direitos.
A situação relatada mostra que os trabalhadores não devem esperar nada dos patrões, a não ser a mais abjeta e desenfreada exploração. Caso queiram que seus direitos sejam respeitados, a classe operária não tem alternativa senão lutar, organizando-se em sindicatos e em partidos políticos.