Os trabalhadores do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia (Basa) estão amargando uma verdadeira perseguição em relação à manutenção dos seus empregos. Desde setembro de 2021, a direção do banco está tentando, a todo o custo, jogar no olho da rua, sem justa causa, 145 pais de famílias que, desde aquela época, estão mobilizados para evitar esse ataque às suas já precárias condições de vida.
Daquele período para cá, várias manifestações já ocorreram, organizadas pelas entidades representativas dos funcionários: Sindicato dos Bancários do Pará, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec/cn), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/Cut) e a Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA), através de atividades em frente a matriz do banco, em manifestações em avenidas etc.
Agora, a direção do banco, vendo que a situação não está pendendo para o seu lado devido ao grau de mobilização da categoria, partiu para uma nova tentativa de dar o golpe nos trabalhadores e, através do judiciário, solicitou autorização para celebrar acordos individuais para realizar os desligamentos dos trabalhadores do Quadro de Apoio.
“Na oportunidade, a assessoria jurídica do Sindicato, através de Célia Menezes e Luciano Meireles, que representaram o Escritório Mary Cohen de Advocacia Trabalhista e Sindical, apresentaram detalhes da última audiência na 18ª Vara do Trabalho de Belém, ocorrida na quinta-feira 15, que adiou a mesma para o dia 08 de agosto, às 9 horas, em virtude do pedido apresentado pelo Sindicato de tentar uma reunião com o novo presidente do Banco da Amazônia, Luiz Cláudio Moreira Lessa, para dialogar sobre a decisão de desligamento do Quadro de Apoio.
Na audiência, porém, o Basa solicitou ao Juízo autorização para realizar acordos individuais de desligamento com os integrantes do Quadro de Apoio, tendo sido concedido prazo para as entidades se manifestarem a este respeito”. (Site Fetec/cn 17/06/2023)
Diante de mais essa tentativa dos banqueiros em colocar uma faca no pescoço dos trabalhadores, a direção do Sindicato e a AEBA se posicionaram bravamente contra o golpe da empresa e “reafirmaram compromisso de seguir na luta em defesa do emprego e contra a demissão do Quadro de Apoio, e disseram que não aceitarão a proposta do Banco de realizar acordos individuais de desligamentos deste segmento, o que foi aprovado pelos bancários e bancárias presentes na reunião”. (idem)
Mais uma vez os trabalhadores e suas entidades respondem à altura em relação às suas lutas pela manutenção dos seus empregos. É preciso barrar mais essa ofensiva reacionária da direção do Basa e aprofundar a luta, levantando uma ampla mobilização que unifique os bancários contra a política de demissão em massa na categoria bancária.