Nessa sexta-feira (6), membros do chamado “movimento negro” e parlamentares paulistas participaram de um protesto pela cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante) por algo que ele falou na Câmara Municipal de São Paulo em 2022.
“Só não tem cassação se vereadores da Corregedoria acharem que racismo não é uma falta ética”, afirmou Luana Alves (PSOL), vereadora que pediu abertura de processo disciplinar contra Cristófaro.
O “movimento negro”, que não faz absolutamente nada para fazer avançar a luta dos negros no Brasil, quer que o vereador perca o seu mandato por ter falado “Não lavar a calçada… É coisa de preto, né?”.
Dessa maneira, aprofunda-se o precedente de que qualquer pessoas pode ser cassada – ou “cancelada” – por qualquer coisa que tenha dito. Algo que não só já foi como será utilizado pela burguesia para acabar com os direitos democráticos do povo e de suas organizações de vanguarda.
Enquanto isso, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decidiu que o caso de um homem que foi detido por policiais militares com as mãos e os pés amarrados teria ocorrido de forma perfeitamente legal.
A vítima, identificado como Robson Rodrigo Francisco, de 32 anos, foi filmada e exibida em todo o País, que se viu chocado com a brutalidade dos policiais. Todavia, isso não parece preocupar o “movimento negro”.
O chamado “movimento negro” se preocupa unicamente com questões secundárias, com problemas que não afetam na prática a vida da população negra, que em grande medida é parte da parcela mais pobre do povo brasileiro. A real defesa do negro passa pelo fim dos aparatos de repressão do Estado e não pelo fortalecimento de leis repressivas.