Hoje o tempo passa rápido,
Sou pequena em meio ao gigante
O enorme ativo humano.
Os dias tem sentido,
Mas são codificados por uma letra breve
Binários, um e zero, contam uma vida.
Não sou criança, tampouco envelheço
Em meio passo, piso solto
Num crepitar breve da fogueira do tempo.
Jamais me disseram, tempos passados, das dores
O pesar das primeiras alianças em zero a zero.
Adeus não dito, para os que jamais voltarão
A história, pois, prossegue sem perdão das perdas
A matéria ocupa o que diriam vazio
Esse “jamais” presente na faculdade humana.
Em verdade, é o sempre de todas as gerações.
Sempre viver por um pedaço de pão.
Sempre perdurar perante a dor sem perdão.
Essa é a sina dos povos e a minha.