É inegável o sucesso e a repercussão gigantesca da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta que aconteceu em São Paulo na Quadra dos Bancários, entre os dias 9. 10 e 11 de junho. Para além das mais de 1000 pessoas que participaram da atividade, é importante destacar figuras muito combativas do movimento sindical que estiveram presentes, participaram dos debates e mesas falaram para o público no sentido de organizar a luta e as reivindicações da classe trabalhadora de todo o Brasil.
Na discussão sobre Educação e Saúde Públicas estiveram presentes Heleno Araújo, presidente da CNTE; Roberto Guido, dirigente da Apeoesp. Na luta por salário e emprego, o deputado Vicentinho (PT) – ex-presidente da CUT Nacional; Paulo Cayres, secretário sindical nacional do PT e Antônio Carlos Silva da Corrente Sindical Nacional Causa Operária. Esteve presente também representantes do APP, sindicato dos professores do Paraná.
Na ocasião, Heleno não só falou sobre a importância de retirar a Educação do arcabouço fiscal, como também de revogar o Novo Ensino Médio. Confira trecho de sua fala: “As juventudes foram atacadas com a Lei 13415/2017, uma lei que de forma autoritária, por medida provisória, impediu que os jovens e os trabalhadores pudessem discutir qual o formato de Ensino Médio que nós queremos e que seja importante para a nossa formação e para a nossa juventude.
Heleno Araújo denuncia três ataques mais graves da direita contra os professores e trabalhadores da educação: um é o projeto de lei da educação em casa que, segundo ele, “é uma forma de descaracterizar o trabalho da educação pública presencial”. Outro ataque é o que ele chama de “lei da mordaça”, instaurada pela extrema-direita, promovendo perseguição contra professores de esquerda ou combativos. A terceira é a tentativa da direita de privatizar e sucatear todo o ensino público brasileiro.
Por fim a mesa setorial sindical, coordenada por Antonio Carlos Silva tiraram as seguintes resoluções em direção a luta para os trabalhadores;
Levar as propostas para as câmaras de Vereadores, pressionando os representantes populares, considerando as eleições municipais do próximo ano.
Ampliar a divulgação dos boletins sindicais, fazendo-os veicular na COTV através do programa dos comitês de luta.
Participar das jornadas de luta pela redução dos juros, de 16 de junho a 02 de julho.
Documento a ser encaminhado à CUT propondo a mobilização pela revogação da reforma trabalhista e pelo fim das terceirizações.
Dizer a verdade sobre o governo Lula, enfatizando a necessidade de lutar por fora “os ministros sabotadores do governo”
Acrescentando: a)nenhuma anistia aos golpistas, com devolução do que foi roubado do povo; b)Pelo fim da provocação do imperialismo contra a China, Coréia do Norte, Sérvia, Palestina, etc; c)Pela imediata revogação do Novo Ensino Médio.
Implementar as assembléias populares convocadas pelos comitês de luta.
Não ao limite de gastos do arcabouço fiscal. Revogação de qualquer mecanismo que transfere recursos para os capitalistas.
Imposto sobre as grandes fortunas e luta contra a sonegação fiscal.
Que os movimentos de luta não sejam somente realizados nas grandes cidades, mas descentralizados, indo também às pequenas localidades.
Que as resoluções aprovadas na III Conferência sejam levadas ao congresso nacional da CUT.