Três meses de sua prisão, armada pelos latifundiários goleiros do Pontal do Paranapanema e de outras regiões, junto ao Judiciário golpista, o dirigente nacional da FNL (Frente Nacional de Luta), e tradicional liderança da luta pela terra no Brasil, José Rainha, obteve, ontem (12), a concessão de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
A decisão ocorre pouco mais de 24 horas da realização da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta que desde a sua mesa de abertura destacou a necessidade da mobilização pela libertação e fim dos processos contra o companheiro e todos os presos e perseguidos políticos da luta pela terra, incluindo os índios do Mato Grosso do Sul.
Na conferência, que reuniu em seus dois dias mais de mil pessoas e foi transmitida para milhares de outras em todo o País e pelo mundo afora pela Causa Operária TV, foi aprovada uma campanha em torno da liberdade do companheiro Rainha, sendo distribuído no encontro milhares de cartazes (foto acima) e panfletos em torno do assunto.
A libertação, ainda que em caráter precário e provisório e com várias restrições que vamos analisar aqui nas próximas edições, é um sinal evidente da importância da mobilização contra essa clara perseguição que denunciamos sistematicamente aqui neste Diário.
Ela reporá a necessidade de intensificar a unidade dos movimentos de luta pela terra e pela moradia, do campo e da cidade, para ganhar as ruas e realizar grandes ações nacionais em favor das reivindicações centrais do povo trabalhador como a conquista da reforma agrária com expropriação do latifúndio e garantia de terra e financiamento para quem nela more e trabalhe e a construção de milhares de moradias populares e uma reforma urbana que ponha fim à especulação imobiliária e garanta o acesso à moradia de milhões de pessoas.
Além de expropriar os grandes proprietários, grileiros etc. é preciso nacionalizar o petróleo e todos os minerais, para que a riqueza de nosso País seja destinada à melhoria das condições de vida de nosso povo.