A III Conferência Nacional dos Comitês de Luta contou com a participação de milhares de companheiros de todo o País. Configurando um espaço democrático, todos aqueles que quiseram contribuir com as discussões feitas na plenária tinham direito à palavra.
Simone Souza, membro do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo e militante do Partido da Causa Operária (PCO), participou da primeira mesa do evento, relativa à saúde e educação. Confira, abaixo, sua fala na íntegra:
“Boa tarde, camaradas, eu estou aqui com a tarefa de falar da saúde, já que eu sou trabalhadora da saúde e defensora do SUS. A questão da saúde não podia ficar de fora aqui da nossa terceira conferência nacional dos comitês de luta. A pandemia de COVID-19 deixou claro para todo o mundo a importância do sistema único de saúde, mesmo na situação sucateada que a saúde se encontra, uma situação imposta pelo neoliberalismo com privatizações terceirizações e agora um novo nome que deram aqui no Estado de São Paulo: o governo de São Paulo deu o nome de “contratualização” para disfarçar, mas no final é uma forma de sucatear nossa saúde, vender e deixar tudo muito ruim. E aí, na hora do vamos ver, que foi a hora da pandemia de COVID-19, é que as pessoas veem e nós vimos a importância do SUS. O que salva é o serviço público.
Nessa hora, no caso, o SUS, não fosse por ele, muito mais de 700 mil pessoas teriam morrido e as que precisaram e ainda precisam de tratamento para sequelas da COVID-19 não teriam um tratamento.
[…] Nós queremos um SUS forte, público, que tenha dinheiro, recursos, muitos recursos. Aliás, dinheiro tem, a gente sabe que ele só está indo para os lugares errados. Queremos que o serviço público SUS chegue a todos os cantos, que nenhum trabalhador do campo, nenhuma comunidade indígena, nenhuma pessoa, de qualquer lugar do país, fique sem saúde. Se não tem dinheiro é porque ele está indo para o lugar errado. A gente sabe que existe dinheiro e condições para a gente ter uma saúde de ponta gratuita para toda a população brasileira.”