Nessa sexta-feira (9), entrevistamos a companheira Nilsa Ramos, uma das primeiras a chegar à Quadra dos Bancários para a 3ª Conferência Nacional dos Comitês de Luta, do Pontal do Paraná, no Litoral Paranaense.
Diário Causa Operária: De qual comitê você participa?
Nilsa Ramos: Participo do Comitê Lula Presidente, do Pontal do Paraná, e do Comitê de Resistência Carijós, de Paranaguá, onde atuam os companheiros Emmanuel, Féris, Esmeralda e muitos outros. No comitê, a gente tem trabalhado com a população local, panfletando, conversando com o pessoal.
DCO: Quais são as expectativas para a Conferência?
NR: A importância, para mim, é essa socialização que a gente está fazendo aqui. Os companheiros conversando, todo mundo se conhecendo, a gente trocando bastante informação… É muito importante até para que depois possamos explicar para a população o que está acontecendo, o porquê de as coisas estarem dessa forma…
É importante para que a gente possa entender, por exemplo, que o governo Lula não é um governo pró-imperialista, que ele foi obrigado a trabalhar com essa frente ampla, com esses ministros direitistas, mas que a gente vê que ele tem reagido bastante contra o imperialismo norte-americano, mas que tem enfrentado bastante resistência dos ministros.
Inclusive, agora, com essa descoberta do petróleo na Foz do Rio Amazonas, a gente vê a ministra do meio Ambiente não querendo que a gente explore o petróleo. E daí já vem aquela pergunta: qual país que nega a exploração de petróleo? Num país como o Brasil, que tem tanta miséria, tanto desemprego, a gente não consegue entender realmente essa irresponsabilidade de uma ministra.
Mas a gente espera uma reação forte do presidente, que diga ‘não, eu que mando aqui’ e explore o petróleo.
A nossa expectativa a é essa, de compartilhar as informações, de participar das mesas temáticas. Estou dividida entre participar da Mesa sobre a Luta pela Terra e a Mesa sobre Economia.
Eu espero que essa Conferência traga uma união da esquerda entre sindicatos, entre comitês de luta e até partidos políticos.
Todo mundo está querendo sair às ruas.