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Oposição ao governo

“Artistas” globais culpam Lula por ataques ao meio ambiente

Sob o pretexto da "causa ambiental", atores lançam campanha de pressão não contra o Congresso mas contra o governo Lula.

Como antecipamos neste Diário desde a campanha eleitoral de 2022, muitos “aliados” da candidatura Lula já começam a migrar para uma oposição ao governo. Não por acaso, esses deslocamentos coincidem com uma intensificação da pressão da burguesia contra o governo Lula. Primeiro, tivemos uma espécie de “a volta dos que não foram”, com PCB, PSTU e setores do PSOL assumindo uma posição similar à que tiveram durante o processo do golpe de Estado de 2016. Agora, são os atores da Globo que buscam enquadrar o governo Lula. Em comum, todos eles jogam nas costas de Lula a responsabilidade por decisões do Congresso.

Em publicação nas redes sociais, o ator Mateus Solano divulgou um vídeo com atores onde afirmam que “acabou o clima” com o governo, fazendo um trocadilho com a questão das mudanças climáticas. O argumento, vale lembrar, é importado da Europa e dos Estados Unidos. Segundo o imperialismo, o Brasil tem o dever de manter a Amazônia intocada e isso seria necessário para impedir as mudanças climáticas. E mais, essa não é uma decisão que cabe ao Brasil. A nós caberia apenas acatar o chamado feito pelos donos do mundo. O mesmo pessoal que fala sobre “decolonização” quer impor a agenda do imperialismo goela abaixo dos brasileiros. E quem discordar é bolsonarista, ‘tá ok’?

O mote para a campanha atual foram as recentes decisões do Congresso que, entre outras coisas, praticamente bloqueiam novas demarcações de terras indígenas e retiram poderes dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. Outros projetos de lei ainda estão sendo discutidos no próprio Congresso. Diante disso, os supostos aliados de Lula curiosamente optaram por concentrar fogo justo no presidente. No vídeo publicado, o próprio Mateus Solano coloca a questão nos seguintes termos: “vamos pressionar o Lula para que ele faça a coisa certa e honre o nosso voto”. Sobre o Congresso controlado por Arthur Lira, nenhum pio. Bem no momento em que Lula trava uma queda de braço com Lira, que busca bloquear as ações do governo federal no melhor estilo “Eduardo Cunha”, que é o principal conselheiro do atual presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo a campanha “Políticas Ambientais Ficam”, o presidente Lula “tem o poder de vetar os absurdos que o Congresso está aprovando”. Ou seja, segundo essa lógica a responsabilidade por tudo o que ocorre no país é do próprio Lula. Não existe nenhuma denúncia nominal aos personagens da direita envolvidos no imbróglio, nem ao menos em relação à Lira. Na mesma linha seguem PCB, PSTU e frações do PSOL. Ignorando o funcionamento das instituições burguesas que tanto defendem, cobram de Lula uma atuação autocrática e que siga seu programa, ou melhor, o programa do imperialismo para o Brasil.

A campanha dos “globais” e “ex-globais” lembra aquela de 2011, contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, tendo como principal personagem em comum a atual Ministra do Meio Ambiente, a funcionária de George Soros, Marina Silva. Muito além de procurar impedir a destruição da Floresta Amazônica, a articulação de grupos alinhados ao imperialismo visa bloquear toda iniciativa de Lula no sentido de estimular qualquer desenvolvimento econômico na Região Norte do país. Com a desculpa de “salvar o mundo”, a população da região mais atrasada do Brasil deve arcar com o ônus e se manter sobrevivendo sob condições precárias. Sem energia elétrica, sem emprego, sem os confortos proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico da humanidade da qual, acreditem ou não, eles fazem parte.

Os tais “artistas” têm o apoio manifesto de uma série de ONGs estrangeiras ou financiadas pelo capital estrangeiro, com destaque para a World Wide Fund for Nature (WWF) e o Greenpeace. No site que abriga a petição online divulgada no vídeo, aparece claramente que a pressão vem de fora do país. Num trecho do texto presente na página inicial do site é possível ler sobre a questão que “isso prejudica a imagem internacional do Brasil, que busca recuperar o respeito e o investimento econômico de outros países através de políticas de combate à crise climática e de proteção das florestas”. Ou seja, quem busca pautar a questão da Amazônia são os capitalistas estrangeiros. Os mesmos que promovem todo tipo de destruição ambiental e humana no planeta.

Só para ficar num exemplo atual, esses financiadores da “defesa” da Amazônia são os mesmos que investem pesadamente para a manutenção da guerra na Ucrânia, que investiram em laboratórios de armas biológicas e transformaram o país num campo de treinamento para milícias de extrema-direita. A suposta defesa de políticas ambientais busca por um lado bloquear ações desenvolvimentistas do governo Lula e, por outro, jogar todo o peso nas costa do presidente caso ele perca a queda de braço com o Congresso. De qualquer forma, o imperialismo vai se beneficiar da campanha e usar isso contra Lula, contra o PT e contra o Brasil.

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