A cidade de Nova York, por meio do gabinete do prefeito Eric Adams, está transformando os prédios de suas escolas em dormitórios improvisados para imigrantes.
Segundo informações divulgadas pela imprensa americana, um aumento significativo da procura por abrigos na cidade não têm dado lugar a uma política planejada de expansão do número de abrigos e habitação permanente na cidade.
Como resultado dessa falta de preocupação com a política de habitação, os imigrantes que chegam a cidade sem um teto para morar têm sido em sua maioria jogados nos ginásios das escolas públicas da cidade sem acesso a chuveiro e outros recursos básicos para uma estadia digna, e alguns, com mais sorte, em quartos de hotéis financiados pela prefeitura.
Segundo o porta-voz do prefeito Eric Adams, “Fomos muito claros nas últimas duas semanas que a cidade de Nova York está sem espaço. Todos os dias, centenas de requerentes de asilo chegam a Nova York sem apoio , depois que centenas chegaram no dia anterior e outros milhares nos dias e na semana anterior, mas, mais uma vez, estamos intensificando, na ausência de uma solução nacional para esta crise nacional e apresentando nossa própria estratégia de descompressão.”
Longe de realmente trabalhar para uma solução de longo prazo para o problema da moradia, o prefeito do partido Democrata vem fazendo cortes sistemáticos nas verbas para os gastos sociais e particularmente nos gastos voltados para a população de rua.
O cenário de crise com a política de imigração e habitação em Nova York vem na esteira da revogação da medida chamada “Título 42” , colocada em vigor durante o governo Trump e a pretexto da pandemia, a medida permitia a extradição sumária de imigrantes que chegam aos Estados Unidos pela fronteira Sul.
O governo Biden, depois de dois anos do início do seu mandato, finalmente revogou a medida, ainda que de certa forma parcialmente já que o governo Democrata também lança mão da extradição sumária, sem no entanto criar condições dignas para o acolhimento desses imigrantes que chegam aos Estados Unidos após terem a economia dos seus países completamente destruídas pela atuação do imperialismo norte americano.