Não é de hoje que o imperialismo procura dividir os países de acordo com seus interesses. Recentemente, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos criticou a China sobre Taiwan e disse, de maneira cínica, que um conflito na região seria péssimo para todos – mas que é dever dos Estados Unidos manter a situação sob controle.
Em resposta à entrevista do norte-americano, Jing Jianfeng, um militar de alta patente do Exército de Libertação Popular (PLA), afirmou que não há espaço para “concessões ou compromissos” na questão de Taiwan. Na entrevista com o tenente-general chinês, em Cingapura, ele reforçou que o PLA está pronto para defender o território chinês na íntegra, com toda a sua soberania, a qualquer momento.
De forma precisa, Jing acusou os Estados Unidos de serem os provocadores de instabilidade na região, por suas falas e condutas, afirmando que Washington pretende “consolidar a hegemonia e provocar confrontos”. Em sua resposta, destacou três importantes pontos:
Primeiramente, enfatizou que existe apenas uma China no mundo e que a ilha de Taiwan é uma parte inalienável do território chinês, seguindo com a afirmação de que o princípio de uma China representa o consenso universal da comunidade internacional e é uma norma básica amplamente reconhecida que governa as relações internacionais. Em terceiro lugar, que é aspiração comum e “responsabilidade sagrada de todos os chineses, incluindo os compatriotas de Taiwan, realizar a reunificação nacional”.
Fica claro nos pontos levantados por Jing que a questão de Taiwan não está em negociação para os chineses, assim como as provocações norte-americanas não serão toleradas. Enquanto o Secretário de Segurança dos Estados Unidos fala em “preservar a paz na região”, aumenta seus exercícios e alianças militares por lá, negociando bilateralmente armas com a ilha e passando por cima, em diversos momentos, do princípio de uma só China. O tenente-general chinês afirmou, novamente com razão, que as falas de Lloyd Austin sobre o assunto “representa uma distorção dos fatos e estão totalmente equivocadas” e acusou os EUA de estarem se envolvendo com os grupos separatistas que buscam a “independência da ilha” – que, na prática, não passa de um subservientismo ao imperialismo norte-americano.
Ao ser questionado sobre os exercícios militares que seu país vem fazendo em torno de Taiwan, Jing afirmou que as operações por lá são completamente justificadas, pois são direcionadas unicamente com foco nas forças separatistas e nas interferências externas na região.
Os Estados Unidos estão utilizando Taiwan para conter a China, enquanto as forças separatistas da ilha, que nada mais são do que financiadas pelo imperialismo norte-americano, são completamente usadas pela potência capitalista. A única forma de garantir a paz na região, como supostamente os EUA dizem querer, é deixando de lado seus interesses de expansão e controle da economia e política em Taiwan e respeitando a população chinesa em seu direito de permanecer unida.