Celso Amorim, assessor de política externa de Lula, afirmou, em entrevista ao Financial Times, que “o Ocidente precisa levar em contas as preocupações do presidente Vladimir Putin e parar de deslizar em direção a uma paz dos vencedores ao estilo de Versalhes, na Ucrânia“.
Ao mesmo tempo, demonstrando que a política imperialista é uma política de guerra, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, advertiu “contra esforços de paz que recompensariam a agressão russa“. Em outras palavras, um chamado para que a guerra continue.
Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, é um político brasileiro que se destacou por sua atuação no movimento sindical. Nasceu em Pernambuco em 1945, e foi presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos, entre 2003 e 2010. Em 2018, Lula foi preso sem provas pelos golpistas para impedir que vencesse as eleições presidenciais, que acabaram sendo ganhas por Bolsonaro. Em 2019, Lula foi solto e, em 2022, foi eleito para seu terceiro mandato presidencial.
A declaração de Amorim mostra que o governo Lula continua a seguir uma política nacionalista, entrando em contradição com a posição do imperialismo, o que já vem fazendo desde o início de seu terceiro mandato. Essa política de desenvolvimento nacional vem intensificando as contradições entre a burguesia e Lula, que segue sabotando o seu governo, praticamente impedindo-o de governar. O presidente, por outro lado, demonstra cada vez mais propenso a manter sua política, o que o faz ir cada vez mais à esquerda.
Essa tendência à radicalização já está fazendo com que a burguesia se movimente em um sentido golpista, ofensiva esta que só poderá ser barra com uma ampla mobilização dos trabalhadores, a qual deve ser estimulada e preparada de imediato.