Pedro Sánchez, O primeiro-ministro da Espanha, anunciou nesta segunda-feira (29) a antecipação das eleições legislativas no país para julho, após a grande derrota de sua sigla, o Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE) nas votações municipais regionais de domingo contra o Partido Popular (PP), comandado por Alberto Núñez Feijóo, se tornou o partido mais votado nas demais regiões do país.
Nas eleições municipais, o Partido Popular (PP), teve 31,5% dos votos, contra 28,2% dos socialistas — os conservadores cresceram quase nove pontos percentuais desde a última eleição, em 2019, enquanto os governistas caíram 1,2 pontos.
Em discurso Pedro Sánchez anunciou as novas eleições para o dia 23 de julho. Ele também assumiu a derrota de seu partido em rede nacional e disse ter decidido convocar novas eleições para que “o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país”.
“Assumo em primeira pessoa os resultados e acredito que é necessário dar uma resposta e submeter nosso mandato democrático à vontade popular”, declarou Sánchez.
Também anunciou nesta segunda-feira que as Cortes espanholas serão dissolvidas a partir de terça-feira (30). Sánchez afirmou que já comunicou sua decisão a Felipe VI, atual rei da Espanha.
Devemos mencionar que a Espanha adota um regime de monarquia parlamentarista, ou seja, o rei exerce o papel de chefe de Estado, responsável pela Força Militar e por declarar um primeiro-ministro, sem ferir o Poder Executivo. O cargo de primeiro-ministro, por sua vez, é ocupado pelo chefe de governo escolhido pelo Parlamento, por meio de votação popular.
Pedro Sánchez, líder do PSOE, comanda a Espanha desde 2019, depois de eleições também convocadas antes da hora.