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O petróleo é do povo

O petróleo é nosso e a Petrobrás tem de ser 100% estatal

Nesse embate sobre a exploração do petróleo na Foz do Amazonas é preciso desmascarar os entreguistas, como Marina Silva, e exigir total nacionaização da Petrobrás

petróleo

Matéria de Jair de Souza, “Uma vez mais, a Petrobrás e o povo diante de um desafio”, levanta diversas questões sobre a Petrobrás e a exploração de petróleo e, dentre diversos pontos de concordância, devemos dizer que o autor devesse ir direto ao ponto sem muito rodeios.

No olho da matéria, por exemplo, nos deparamos com o seguinte: “Partir ou não para o avanço na exploração dessa nova riqueza descoberta não é uma disjuntiva que possa ser resolvida ao sabor das paixões”. Se pegarmos pela história, a questão do petróleo nunca foi, de fato, um problema de paixões, mas de interesses nacionais e de soberania.

Quando Monteiro Lobato se pôs na luta pela prospecção, pela nacionalização do petróleo, sofreu a implacável perseguição das Sete Irmãs do Petróleo, que se utilizou da grande imprensa para atacá-lo, o que o levou à cadeia em 1941.

Hoje, temos o mesmo problema. A Rede Globo, inimiga do povo brasileiro, fez o que pôde para inviabilizar que o País iniciasse a exploração de petróleo no Pré-sal, segue na mesma toada e critica a decisão do governo de prospectar a região da Foz do Amazonas, com um potencial de pelo menos 14 bilhões de barris.

A “paixão”, quando há, é fabricada. Embora ninguém viva sem petróleo, ou esteja disposto a abandonar o uso de celulares, computadores etc., surgem inúmeras ONGs e “ambientalistas de internet” se colocando contra a “queima de combustíveis fósseis”. Como se o petróleo se resumisse a combustíveis.

Os apaixonados, pelo menos os que influenciam os desavisados, estão, por norma, cooptados pelos interesses econômicos que querem surrupiar o petróleo brasileiro. São ONGs com dinheiro da CIA, ministras no bolso de George Soros, jornalistas bem pagos na imprensa burguesa etc.

Direto ao ponto

É preciso explicar para as pessoas o que está acontecendo, usar termos como “disjuntiva” não ajuda em nada, parece que se está tratando de física nuclear e não da decisão de que precisamos explorar nossas riquezas visando desenvolver nossa economia e melhora a vida a população.

“Em primeiro lugar, precisamos ter ciência de que uma das garantias para investir nas pesquisas com vistas a descobrir e viabilizar novas estruturas energéticas que permitam superar de modo ecologicamente viável ao modelo embasado…”. Este parágrafo é um exemplo, poderia ter sido cortado pela metade, quando o autor diz que “para que uma nação possa investir na busca de alternativas que permitam que sua economia fuja da dependência do petróleo, ela precisa contar com suficiente disponibilidade desse mesmo petróleo enquanto se dedica à pesquisa em busca de algo que o possa suplantar eficientemente”.

É uma contradição da própria realidade. Temos que desenvolver a economia e, por consequência, as Ciências, para chegarmos um dia a uma energia limpa e isso é feito com o uso de energia que polui, não temo como escapar disso. Os defensores ferrenhos dos carros elétricos nunca param para pensar que as atuais baterias são quase lixo radioativo.

Outro fato inescapável é que “independentemente de nossos desejos, ainda não há nenhuma outra fonte de energia que tenha se mostrado capaz de substituir com equiparável produtividade num curto prazo a atual matriz baseada no petróleo”.

A Alemanha, que é um país que costumam usar como propaganda de “transição verde” para o uso de energia, que investiu enormes somas de dinheiro em energia elétrica, transformou uma floresta milenar em carvão para movimentar suas termelétricas, tão logo faltou gás natural russo, sancionado pelo imperialismo.

Produto estratégico

Como diz o artigo, “a manter-se o atual nível de consumo, os estoques disponíveis e as jazidas comprovadas existentes alcançariam para um prazo que não ultrapassaria os 46 anos”. O que só pode aumentar o interesse das grandes potências por esse produto, pois é óbvio que “se existe um recurso fundamental para a operacionalidade da economia mundial e sua disponibilidade é reduzida, o melhor a fazer é garantir para si próprio o máximo do mesmo e tratar de impedir ou dificultar seu acesso por potenciais concorrentes”.

Uma das motivações do golpe contra Dilma Rousseff se deve à política protecionista do petróleo. Documentos vazados pelo WikiLeaks comprovam que projeto de José Serra, em 2010, já prometia entregar o Pré-sal para os interesses estrangeiros.

O imperialismo fez uma intensa campanha pelo “aquecimento global” que não colou e foi rebatizado de “mudanças climáticas” para pressionar os países atrasados e enquanto isso tenta se apoderar do petróleo mundial.

Não é à toa que Marina Silva seja ministra no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. E já era esperado que ela, que apoiou o tucano Aécio Neves contra Dilma, tentasse travar a exploração de petróleo na região Amazônica, mesmo que seja em alto mar e a 530 km da Foz do Amazonas. Ela, sob a desculpa de defender a natureza, está a serviço de interesses do imperialismo.

Desindustrializar para dominar

Estava claro, lá atrás, desde a campanha da Rede Globo contra o Pré-sal, de que o imperialismo tentaria se apoderar das jazidas e tirar das mãos do Brasil as refinarias. Com isso, nos transformaríamos em meros exportadores de petróleo bruto, comprando de fora combustíveis e derivados. 

Temos que abrir parênteses, pois um dos alvos da Lava Jato (capitaneada pelos Estados Unidos) foi a Odebrecht que é era uma gigante da construção civil brasileira, e que acabou dando um passo em direção à indústria petroquímica criando a Braskem S. A. Hoje, a empresa está sendo negociada para o capital estrangeiro.

Não podemos tergiversar ou ficar com receio, como diz o trecho “No caso que nos toca no momento em relação com as descobertas petrolíferas na região marítima ao norte do Amapá, nenhuma decisão precipitada deveria ser tomada”. Temos que decidir em favor da exploração e proteção de nossas riquezas.

O petróleo é nosso!

A exemplo do que fez Monteiro Lobato, temos que fazer uma intensa campanha pela total nacionalização do petróleo, temos que reestatizar a Petrobrás e essa imensa riqueza tem que ser usada em favor do povo brasileiro.
Não basta dizer que “acreditamos que, uma vez mais, a Petrobrás será capaz de jogar um papel de relevância em benefício de nossa nação”, é preciso pegá-la de volta. A empresa tem que voltar a ser 100% brasileira, pois se trata da soberania do país e isso está acima dos interesses privados.

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