O total de débitos internos e externos da nação é nossa dívida pública, além dos empréstimos do Estado com órgãos financeiros. Inicialmente, o Estado toma empréstimo para pagar o déficit fiscal. Quando as despesas superam a receita, o Estado toma recursos para manter seus serviços e diversos investimentos.
No Brasil, o conceito de dívida pública, na qual estão inseridos os totais de débitos internos e externos da União, estados, municípios e INSS, as dívidas das empresas estatais não são inseridas no indicador chamado de Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG). Essa dívida pode ser ainda mobiliária, a que é decorrente da emissão de títulos públicos, e a contratual, que é a contraída através de convênios com órgãos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIB) e o Banco Mundial, por exemplo).
A dívida pública é algo muito comum entre os países, pois é através dela que os Estados garantem gastos e investimentos essências para desenvolver a nação.
O grande crime da economia mundial atualmente, crime esse praticado pelos parasitas do mercado financeiro que estão sentados nos bancos privados, é a dívida turbinada com juros sobre juros, além da exigência de cumprimento de uma cartilha draconiana que esfola financeiramente os países que se encontram em débito. Uma ínfima minoria consegue sair da bolha de neve que é a dívida com esses sanguessugas do mercado. Os países mais ricos do planeta ameaçam os países pobres de todos os infortúnios se estes não horarem com a exploração, com os juros ilegais que praticamente não deixam a dívida cessar.
De fato, como diz o economista José Alves de Lima Cardoso, a dívida pública é “um sistema de espoliação cuidadosamente disfarçado”. Segundo Cardoso, em matéria divulgada no sítio Brasil de Fato,
“O setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – em 2022 apresentou superávit primário de R$ 125,9 bilhões, 1,28% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas quando se coloca na conta os gastos com a dívida pública, R$ 780 bilhões, o país apresenta um déficit nominal gigantesco. Ou seja, por qualquer ângulo que se olhe o problema fiscal, conclui-se que o problema central são os gastos com a dívida pública, que não tem comparabilidade internacional.”
A maior parte do orçamento nacional vai para o pagamento dessa dívida, ou melhor, vai para os bolsos dos rentistas, típicos parasitas que estão arruinando a economia mundial, que já vem se tornando uma aberração, o que caracteriza a decadência da economia capitalista, que agoniza.
A saída para acabar com a exploração dos povos no mundo é o socialismo, que libertará a classe operária da exploração. Como medida urgente a se tomar no momento, faz-se necessário declarar o não pagamento dessas dívidas aos bancos. A grande parte do orçamento público que vai para os capitalistas deve ficar no país para que se invista na geração de emprego, renda, educação, saúde e desenvolvimento industrial, investimentos essenciais para o crescimento das nações.
Do contrário, manter essa cartilha escravocrata de pagar dívida externa só irá intensificar a crise social e econômica dos povos. No Brasil, com toda a parcimônia dos gastos do governo, já estão sinalizando que a dívida aumentará, uma consequência não apenas dos gastos necessários e justos do governo, mas dos juros extorsivos dos parasitas.
Pela anulação de 100% da dívida pública!
Dívida pública: um sistema de espoliação cuidadosamente escondido