Há três décadas, nossa corrente, Educadores em Luta (PCO e simpatizantes) atua como uma verdadeira força organizada na categoria dos professores de SP, marcando sua trajetória como a principal força de oposição à diretoria da APEOESP, há mais de 20 anos integrada pelo PT, PSOL e PCdoB (antes também pelo PSTU) e grupos menores.
Estivemos à frente de importantes lutas da categoria, cumprindo muitas vezes um papel dirigente nessas lutas, ao lado de outros setores.
Nosso trabalho, inclusive, tornou-se uma referência nacional, em meio a uma situação de enorme paralisia da imensa maioria da burocracia sindical e passamos a agrupar professores em diversos outros Estados e a intervir nas principais lutas da Educação e dos trabalhadores de conjunto.
Publicamos mais 300 boletins Educadores em Luta (mais de um milhão de exemplares); produzimos teses, cartazes, faixas e propostas discutidas com a categoria para impulsionar a luta da categoria; em vários momentos em um duro enfrentamento com os setores da diretoria.
A luta contra o golpe de Estado, deslocou e aproximou na mobilização, no enfrentamento contra a direita, importantes setores que lutaram de fato contra a direita e as consequências de sua política em nossas vidas.
Por isso, nas eleições desse ano (26 de Maio), decidimos, após um amplo debate, integrar a frente que uniu os setores que apoiaram a eleição de Lula, a Chapa 1, que se dispõe, neste momento, a trabalhar de forma unificada para enfrentar a ofensiva da direita que segue e lutar contra os enormes retrocessos que tivemos nos últimos anos. Como é o caso, da famigerada reforma do ensino médio, contra a qual se insurge nossos Sindicato, a CNTE, a CUT e demais organizações de luta dos trabalhadores de todo o País.

Em nosso Estado, o governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue com a política de ataques à Educação dos governos do PSDB, agindo para destruir o ensino público e responsabilizar os professores.
O governador se nega, inclusive, a cumprir a Lei e pagar na íntegra e para todos o reajuste do piso salarial nacional dos professores de 14,95% de 1/1/23, da mesma forma como fizeram os governos anteriores.
As greves dos professores na Capital paulista, Brasília e outras tantas por reposição das perdas, pelo pagamento integral do reajuste do piso salarial, sem o golpe do abono, mostram o caminho que é preciso seguir: mobilizar os educadores, parar as escolas e ocupar as ruas em um grande movimento de luta contra os governos inimigos da educação e da população
Mais do que nunca é preciso lutar pela ampla democratização do nosso sindicato, com a participação dos professores a partir das escolas, redução de mandatos, processos eleitorais organizados sob o controle democrático da categoria, representações de base em todas as instâncias e comissões de negociações.
Estamos juntos também pela realização de uma grande Conferência Nacional dos Comitês de Luta, dias 10 e 11 de junho, na Quadra dos

Bancários, em São Paulo, para unir toda a esquerda e as organizações dos trabalhadores contra os ataques da direita ao povo e ao governo Lula e em defesa dos interesses do povo trabalhador. Atividade aberta a todos os professores e trabalhadores interessados.
A unidade da esquerda no maior Sindicato do País, contra os ataques da direita e na defesa das reivindicações dos trabalhadores aponta um caminho importante para o movimento sindical, na perspectiva da necessária unidade contra os ataques da direita e na defesa dos interesses dos trabalhadores diante do agravamento da crise.
Chamamos a todos os professores a votar na Chapa 1 para as eleições estaduais e nos candidatos da Chapa 1 e de Educadores em Luta nas eleições regionais da APEOESP, para fazer avançar a luta pelas reivindicações centrais da nossa categoria e de todos os trabalhadores, tais como:
- reposição de 100% das perdas salariais e pela conquista de um piso salarial dos professores que hoje não poderia ser menor do que R$8 mil, para o máximo de 30 h/aula semanais, sendo 20h/aula em classes.
- Pagamento do piso nacional dos professores de R$4.420 (sem o golpe dos abonos), 14,95% já para todos, ativa e aposentados
- Fim da divisão: salário igual para trabalho igual e estabilidade no emprego para todos os professores;
- Concurso público classificatório para 100 mil vagas;
- Redução da jornada de trabalho para 30 h/aula semanais (20h em sala de aula e 10h/aula em atividade extraclasses);
- Máximo de 25 alunos por sala;
- Fim do trabalho gratuito: volta das seis faltas abonadas para todos
- Imediata contratação de milhares de funcionários para as Escolas (concurso já!)
- Mais verbas para a Educação. Verbas públicas apenas para as Escolas públicas
- Não à PM nas Escolas. Fim da política repressiva. Escolas sob o controle da Comunidade Escolar, com eleição pela comunidade de todos os postos de gestão
- Revogação da famigerada reforma do ensino médio e pelo cancelamento de todas as reformas adotadas contra os trabalhadores desde o golpe de Estado de 2016 (“revogaço”).