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Professores São Paulo

Não ao subsídio, parar as Escolas por 32

Chega de enrolação, dia 23, greve na Capital e ocupação das ruas do Centro

Os professores da rede municipal de São Paulo, realizaram ontem mais um dia de paralisação e assembleia em frente à Prefeitura, no centro da Capital.

Representantes do Sinpeem, SIndsep, Aprofem,  que têm em sua bases trabalhadores da Educação municipal,  realizaram reunião de negociação com o governo, que respondeu com a mesma proposta apresentada no dia 12/05.

O governo de Ricardo Nunes (MDB), quer impor o  regime de remuneração por subsídio, já implantado para os outros quadros de servidores, que perderam direitos como quinquênios e sexta parte e não quer repor as perdas salariais da categoria..

Uma proposta miserável

A proposta do prefeito tucano-bolsonarista de São Paulo, quer o fim do plano de cargos, carreiras e salário do funcionalismo público paulistano. 

Proposta que foi, mais uma vez rejeitada pela assembléia da categoria. Que convocou nova paralisação para o dia 23/5.

CARGOSalário atualSalário com subsídioPercentual de reajuste da proposta governamental com subsídioSalário ao final da carreira de acordo com tabela de vencimentos atual (QPE) *Perda mensal aproximada ao final da carreira **(Salário final – salário com subsídio = perda)
Auxiliar Técnico de EducaçãoR$ 2.130,74R$ 3.233,0051,73%R$4.366,68R$ 6.840,36 – R$ 3.233,00 =  R$3.607,36
Professor Categoria 3 JEIF/PEI R$ 5.050,00R$ 6.200,0022,70%R$9.124,00R$14.293,60 – R$ R$ 6.200,00 =                  R$ 8.093,60
Coordenador Pedagógico R$ 7.171,31R$ 8.680,0021%R$10.726,00R$16.880,21 – R$ 8.680,00 =   R$8.200,21
Diretor de EscolaR$ 8.133,88R$ 10.923,1934%R$12.957,00R$20,391,29 – R$10.923,19 = R$9.468,10

*De acordo com a referência e o grau mais alto do cargo. Não está embutido neste valor, os adicionais resultantes de abono complementar, quinquênios, sexta parte, o que aumenta significativamente tais valores.

** Somados com valores aproximados de sexta parte (um sexto dos vencimentos sobre salário padrão mais quinquênios) e o possível 7° quinquênio alcançado ao longo da carreira (que perfaz reajuste total de 40,71% do salário padrão)

A campanha salarial da educação municipal se iniciou com a reivindicação de reposição das perdas de 32% para todos e pela revogação do desconto de 14% da reforma da previdência municipal golpista da direita paulistana. 

A remuneração por subsídio será opcional, no entanto quem não optar estará sujeito ao  reajuste salarial anual do funcionalismo, determinado por Lei, que nos últimos anos tem sido 0.01%.

Tá sobrando dinheiro

Todo este brutal abuso é cometido em meio ao anúncio do recorde de caixa da prefeitura, que atingiu, em fevereiro deste ano, cerca de R$34,9 bilhões, segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda. O montante já é o maior registrado pela administração municipal e supera os R$30 bilhões registrados em março do ano passado. Segundo cálculos da Câmara, mais da metade do valor está parado nos cofres municipais e sem previsão de investimentos. Estima-se que desses R$34 bilhões, 46% estão empenhados e os 54% restantes não tem absolutamente nada de projeto. 

Somente o fato de anunciar reajustes que vão de 21% a 51,73% de aumento, mostra que o caixa da prefeitura está abarrotado de dinheiro, mas o que a direita quer é roubar ainda mais, condenando o futuro de mais de 80 mil servidores da educação paulistana.

É preciso ampliar a mobilização, com uma greve geral da rede municipal de São Paulo.

Parar as escolas e sair às ruas em defesa do  plano de carreira e dos direitos dos educadores, incluindo 32% de reajuste já para todo funcionalismo; revogação da reforma da previdência e devolução dos 14% roubados com essa medida.

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