Nessa segunda–feira (15), a Diretoria Executiva da Petrobrás aprovou nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina, em substituição à política de Preço de Paridade de Importação (PPI), implementada em 2016 pelo governo golpista de Michel Temer e mantido por Jair Bolsonaro.
A antiga política de preços levava em consideração a cotação do petróleo no mercado internacional. Em outras palavras, o povo brasileiro vinha pagando seu combustível em dólar.
Segundo informa a Petrobrás, a nova “estratégia comercial usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a empresa. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
Pela referência valor marginal, haverá redução nos preços do gás de cozinha, gasolina e diesel, pois não serão considerados apenas a cotação do petróleo no mercado internacional e os custos de importação, ao se precificar os combustíveis no mercado interno. Os custos nacionais de produção, nos quais estão inclusos os preços de diversos tipos de petróleo, a capacidade de refino e logística entrarão na composição dos preços, em reais.
Já no que diz respeito ao custo alternativo do cliente, em tese há também possibilidade de redução dos preços, por meio da concorrência, oferecendo o menor preço de mercado para o cliente.
Quanto à periodicidade dos reajustes, seguirá sendo indefinida. Segundo informa a estatal, a razão de não se fixar datas prévias para reajustes é evitar o “repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Diante do anúncio da nova política de preços, as ações da Petrobrás amanheceram em alta. Contudo, ainda há incerteza no mercado. Apesar do norte da política de preços já ter sido definido, ainda não foi divulgado pela Petrobrás qual será a metodologia utilizada para se determinar o preço dos combustíveis, e nem o peso de cada variável na formula do cálculo.
Com o anúncio do fim da política de Preços de Paridade de Importação, o governo Lula vem cumprir uma de suas promessas de campanha, qual seja, abrasileirar o preço dos combustíveis, que estavam sendo pagos em dólar pelo povo brasileiro.
De imediato, foi anunciado para quarta-feira (17) reduções nos preços do gás de cozinha, da gasolina e do óleo diesel. Segundo informado pela Petrobrás, as reduções nas distribuidoras serão as seguintes:
- gasolina A: redução de R$0,40 por litro (-12,6%);
- diesel A: redução de R$0,44 por litro (-12,8%);
- gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kg (-21,3%).
A nova medida é bem-vinda, e a redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha trará um alívio imediato para a vida da população brasileira. Deve-se reconhecer o esforço do presidente Lula em conseguir essa vitória, em especial diante dos constantes ataques e sabotagens da burguesia.
Contudo, é necessário ir além. É preciso que toda a esquerda e as organizações dos trabalhadores realizem uma ampla campanha pela reversão das privatizações e pela completa estatização da Petrobrás. O Petróleo, esta riqueza natural que se encontra em nosso território, deve pertencer apenas e tão somente aos brasileiros. Não deve ser objeto de lucro de grandes petroleiras estrangeiras, muito menos de parasitas do capital financeiro.
Pela nacionalização e estatização da Petrobrás. O petróleo deve ser nosso!