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O lobby para os cargos do STF

Estadão faz campanha aberta contra nomeação de Zanin ao STF

O PIG e o imperialismo, através da politica identitária, tentam emplacar alguém que defenda seus interesses na Suprema Corte brasileira

O PIG, Partido da Imprensa Golpista, entrou em uma campanha ferrenha para contrariar a possível indicação do atual presidente Lula a um membro do Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria do ministro Lewandowski. Lula apontou Cristiano Zanin, seu ex-advogado e que participou ativamente da sua campanha eleitoral no ano passado. A burguesia entrou em choque e até mesmo a esquerda pequeno-burguesa entrou de cabeça, através de uma campanha identitária, para barrar Zanin para o STF.

Gregório Duvivier, humorista, resolveu entrar na moda e pressionar Lula para que se coloque um homem negro no Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta. O ator só não contava com um pequeno problema: está todo mundo saturado do identitarismo. A cada dia vai ficando mais clara a demagogia que existe por trás dessa ideologia burguesa. Duvivier foi bem lembrado nas redes sobre a atuação do juiz Joaquim Barbosa que atacou duramente o governo do PT em período como ministro do STF. 

Do Estadão, em editorial “A construção de um mau caminho” dessa segunda-feira (15), um ataque virulento e absurdo foi publicado. Dizem cinicamente que as indicações de ministros ao STF precisam ser indicações juridicamente técnicas, que sigam a letra da Constituição, ou seja, que os indicados precisam ter notável conhecimento jurídico. Disto, parte para o ataque dizendo que não se sabe nada sobre o conhecimento jurídico de Zanin (como se o conhecimento jurídico dos outros ministros no decorrer da história tivesse sido “notável” aos olhos do povo brasileiro).

O que chama a atenção no editorial é a parte em que o Estadão afirma que Lula deve ter cuidado com a indicação para que a pessoa “cumpra os requisitos constitucionais”, caso contrário “a constituição ficará desprotegida”. Ou seja, esse “notável saber jurídico” a que se refere o jornal golpista, seria para evitar arbitrariedade. Seria cômico se não fosse trágico. Os 11 ministros do Supremo nos últimos anos têm feito de tudo, menos garantir os direitos da população como manda a Constituição. Passam por cima e rasgam a lei suprema do País a seu bel-prazer, visto no golpe de 2016 e na prisão do atual presidente Lula logo na sequência.

E o editorial continua tentando ensinar Lula – que é presidente pela terceira vez no Brasil – como governar. Segundo o texto, Lula estaria sendo “teimoso e agindo de forma arbitrária”. “Por óbvio, esse jeito de governar gera sérios problemas para o país. O despotismo serve para realizar caprichos, não para identificar e implementar o interesse público”. A questão é clara, a burguesia tenta de todas as formas modificar a escolha de Lula e implementar alguém de interesses deles no STF. Visto o baixo resultado da campanha identitária o PIG partiu para a “escolha técnica”.

Por outro lado, para o Valor Econômico, o ex-ministro negro do STF, Joaquim Barbosa, que se colocou à frente do julgamento farsa do Mensalão para prender dirigentes petistas e abrir o caminho para o golpe, seria uma boa escolha. Os espetáculos no PIG eram diários, prisões, um monte de policiais armados até os dentes algemando políticos principalmente do PT. O ministro aposentado foi quem deu as bases para que o judiciário levasse adiante uma monstruosa perseguição ao PT e à esquerda, quando condenou à prisão sem provas dirigentes daquele partido.

“Lula cometerá um grande erro se não escolher um ministro ou uma ministra negra. Lula foi um ousado ao me nomear. O Brasil ainda vivia o mito da democracia racial. Seria um contrassenso e um paradoxo que, 20 anos depois, quando houve avanço nas políticas de igualdade racial iniciadas no primeiro governo Lula, e que também levaram a iniciativas privadas, que este governo não nomeie pelo menos um negro”, afirmou o ex-ministro.

O lobby é gigantesco em torno das cadeiras do STF, a burguesia pressiona pelos seus e o governo tenta modificar minimamente a situação desta instituição, que não passa de uma aberração política que nem deveria existir em um governo realmente democrático. Não é possível que juízes que não foram eleitos por absolutamente ninguém tomem conta do poder no País, passando por cima da Constituição e colocando em prática medidas altamente arbitrárias e contrárias ao povo brasileiro. Esse tipo de interesse da burguesia pelo cargo mostra também a quem serve a instituição.

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