A direção do Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira Fato Relevante ao seus acionistas comunicando a realização de dez indicações para ocuparem cargos de direção na empresa.
O que mais chama atenção, em relação às indicações, é que há um forte apelo dos trabalhadores do banco para que aqueles funcionários, que ocupam postos chave no banco, identificados como defensores da direita golpistas que, no governo passado havia instalado um quadro de verdadeiro terror através de perseguições, descomissionamentos, transferências compulsórias, etc., o que levou grande parte dos trabalhadores a um quadro de insegurança e pânico e, mesmo depois das declarações da atual direção do banco, através da sua presidenta, Tarciana Medeiros, ao afirmar, na sua posse, que não iria tolerar desrespeito, discriminação ou assédio de qualquer natureza, ao invés de varrer os golpistas dos postos chave da empresa, que implantaram todas essas atrocidades na gestão passada, estão sendo de novo agraciados, através da rotatividade nas vice-presidências e diretorias.
Um exemplo, foi com o cunhado de Carlos Bolsonaro, Pedro Bramont, irmão da namorada do filho do Bolsonaro, que havia sido nomeado três dias após a posse de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, como Diretor de governança, riscos e controles da BB seguridade e, agora indicado para assumir o cargo de Diretor de Soluções em Meios de Pagamentos e Serviços, ou seja, trocaram seis por meia dúzia, e o reacionário continuará exercendo a sua função de perseguição aos trabalhadores no seu “novo” posto de “trabalho”.
É um verdadeiro absurdo o que a atual direção do Banco do Brasil está fazendo, ao deixar permanecer esses diretores direitistas à frente do BB.
A indignação é geral entre o funcionalismo, já que esses golpistas tocaram o terror nos trabalhadores.
Uma das primeiras medidas que os bolsonaristas adotaram nas empresas estatais, assim que Bolsonaro tomou posse em 2019, foi o de tirar todos aqueles que se identificavam, ou mesmo uma simpatia pela esquerda e, agora, os trabalhadores se perguntam: porque que no atual governo a política não deveria ser a mesma, varrer com essa corja. Porque deixar os inimigos dos trabalhadores continuarem atacando os funcionários do banco nesta atual etapa política.
Chove denúncias, todos os dias, nos sindicatos dos trabalhadores bancários em todo o País denunciando a política de assédio dessa direita golpista e, pelo que se vê com as “novas” nomeações, tudo continuará na mesma.
Para pôr fim a essa política, é necessário que os sindicatos de luta dos bancários preparem uma gigantesca mobilização, no sentido de preparar a categoria para dar uma resposta a essa total falta de coerência da direção do banco, que permanece agraciando esses que são verdadeiros inimigos da classe trabalhadora. É preciso responder com um estrondo NÃO à permanência da direita golpista à frente do BB, e dar um basta a essa política de assédio moral que assola a empresa, varrendo dos postos de chefias esses reacionários. Nesse sentido, é necessário criar os comitês de luta em cada local de trabalho, que devem organizar os trabalhadores para dar uma resposta à política de capitulação da direção do banco para com a direita reacionária.