Diante da crise capitalista e da degradação das condições dos trabalhadores em toda Europa amplos setores têm tomado consciência da importância da unificação da luta sindical.
Na Espanha, no último primeiro de maio ficou clara a determinação pela luta contra os patrões e o governo espanhol, que no frigir dos ovos são apenas um ente comum, com o governo espanhol servindo como testa de ferro para o interesse dos capitalistas.
Os motivos para unificação são claros, alta da inflação, gastos públicos com a guerra na Ucrânia, aumento das despesas com tarifas públicas, desemprego, etc..
Naquele país da Europa as lutas parciais das diversas centrais sindicais, como CGT, CNT e o envolvimento desses sindicatos como o governo fizeram com que a descrença com o sindicalismo tradicional viesse a crescer nas últimas décadas.
Reformas que afetam todos os trabalhadores vêm sendo aprovadas à revelia dos interesses da maioria dos espanhóis.
E os trabalhados não encontram amparo no sindicato para lutar pelos interesses da classe operária.
As centrais sindicais, pressionada pelos trabalhadores e as novas lideranças desses, estão sendo forçadas a sair do imobilismo.
Já nesse primeiro de maio na Espanha as várias centrais saíram unidas na campanha pela luta das pautas levantadas pelos trabalhadores.
Uma das palavras de ordem foi contra o envio de armas para a guerra na Ucrânia, que quase todos já perceberam que se trata de uma guerra por procuração criada pelos EUA e OTAN.
Toda movimentação que esta acontecendo na Espanha esta sendo influenciada pela luta dos trabalhadores da França, que não se encerrou, e que já provocou a derrocada do governo Macron.
A CGT em matéria em seu site explicou:
“Para o Comitê Confederal da CGT é um passo importante na unidade de ação do anarco-sindicalismo, tarefa na qual estamos resolutamente comprometidos porque acreditamos que tem repercussões em benefício de toda a classe trabalhadora do Estado espanhol. Muito especialmente nestes tempos onde a lógica do capitalismo predatório, o fascismo indisfarçado, a precariedade e a exploração do trabalho estão na ordem do dia. Esperamos que este seja o início de muitas iniciativas para enfrentarmos juntos, a partir da unidade fraterna de ação de um sindicalismo combativo e determinado.”
Apesar do peleguismo de amplos setores do sindicalismo espanhol, amplas massas de trabalhadores sentindo a pressão econômica nas suas costas estão ultrapassando as entidades, e realizando greves, paralizações, em um enfretamento direto com o aparado de repressão do estado burguês.
A Europa toda esta numa encruzilhada política, servir aos interesses do imperialismo americano e da elite de seus países ou se livrar da burguesia, a resposta parece óbvia para os trabalhadores.
Por outro lado, se o movimento operário parar a economia e obrigar os governos a sair da guerra isso poderá servir de alavanca para um movimento ainda maior luta dos trabalhadores e fortalecimento dos sindicatos.