Antes de abordar o tema principal da Análise de 3ª dessa semana, o companheiro Rui Pimenta comentou sobre a “CPI do MST”, interpretada como “uma arma que a direita montou contra o governo”, assim como a “CPI do 8 de janeiro”. Para a comissão que visa atacar duramente os movimentos de luta popular no campo, estão cotados para a presidência o Tenente-Coronel Zucco (Republicanos) e como relator o ex-ministro bolsinarista Ricardo Salles, dois bolsonaristas, dois inimigos declarados do MST.
Rui destacou que não se trata apenas de um ataque ao MST, mas aos trabalhadores rurais como um todo e contra o próprio governo Lula. Foi lembrado que a CPI aparece como parte de uma ofensiva da burguesia contra os movimentos de luta no campo, com lideranças como José Rainha (FNL) e Magno Souza (PCO) presos por meio de farsas jurídicas.
Logo no início do governo, a direita arma o circo com as CPIs para dominar a discussão política. Ao seu lado terão, como sempre, os monopólios das comunicações, entidades sempre livres do rótulo das “fake news”. O que nos leva ao tema central da análise, que é o “PL das Fake News”, também chamado de “PL da censura”. Nessa semana, Alexandre de Moraes intimou os representantes de Google, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Spotify e Brasil Paralelo para prestarem depoimentos à Polícia Federal.
A intimação veio junto com a ordem para que as empresas citadas retirem do ar conteúdos que postaram contra o “Projeto de Lei das Fake News”. No melhor estilo “Moraes”, as empresas tiveram prazo de uma hora a partir da decisão para retirar os conteúdos. Para estimular o ambiente democrático, o juiz do STF determinou multa de R$ 150 mil por hora de atraso no cumprimento da ordem. Se apoiando no fervor “anti terrorista” promovido pela imprensa e abraçado pela esquerda desde o ato bolsonarista de 8 de janeiro, Moraes procura silenciar o debate em torno de um projeto de lei muito perigoso. Algo apontado por Rui como um indicativo do nível de censura que vai rolar após a aprovação dessa lei.
Rui alertou que a tentativa de votar o PL em regime de urgência torna a situação ainda pior. Uma lei que vai afetar um direito democrático fundamental, como a liberdade de expressão, não poderia ser empurrada goela abaixo, sem um amplo debate. É o que se espera de um governo democrático, como o PT se propõe a ser. Depois de tanta conversa sobre o “amor” vencer o “ódio”, não faz sentido esperar que a população ache normal que o governo tente ou apoie a inibição do debate. Assine o abaixo-assinado contra mais esse ataque aos direitos democráticos.
Foram abordados outros temas, como a crise do governo Petro na Colômbia e os inúmeros problemas da organização do 1º de maio no Vale do Anhangabaú privatizado. Confira tudo o que rolou: