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Fora Fávaro!

Contra os sem terra, Carlos Fávaro defende CPI do MST

Foi criado CPI do MST, e o Ministro Carlos Fávero já se manifestou contra o MST

Nessa quinta-feira (27), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), comentou sobre a criação de uma CPI para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmando que isso é uma “prerrogativa do Congresso”.

No entanto, ele expressou preocupação de que a comissão possa ser utilizada como palanque político e destacou que é preciso olhar para o futuro após as eleições. Fávaro também criticou as ocupações de terras supostamente produtivas e comparou a ocupação do MST ao ataque promovido por bolsonaristas no dia 08 de janeiro.

“É papel do Estado ajudar que a reforma agrária aconteça, mas dentro da lei. Invasão de terra produtiva não é concebível. Eu comparo, e já disse isso com muita tranquilidade, ao ato repugnante da invasão do Congresso Nacional ao mesmo nível de terra produtiva. E até porque não vai surtir efeito”, disse Fávaro.

As declarações foram feitas durante um encontro organizado por Fávaro que reuniu ex-ministros da Agricultura, incluindo Tereza Cristina (PP), que liderou a pasta durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A ex-ministra de Agricultura Tereza Cristina, de Mato Grosso do Sul, também é latifundiária, e sua família tem conflito histórico com indígenas na região. Suas primas são proprietárias da Fazenda Boa Esperança, em Aquidauana, que incide em território reivindicado como tradicional pelos indígenas da etnia Terena.

Segundo a Agência Brasil, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), criticou a instalação da CPI, argumentando que não há um fato específico que justifique a investigação, pois o MST já desocupou as terras da Suzano, no Espírito Santo e na Bahia, e da Embrapa, em Pernambuco.

“Todos já saíram das áreas que foram ocupadas. E agora prossigamos para não ter mais tensão no campo no Brasil. Vai investigar o quê? Ocupações que já não existem mais. O Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”, afirmou Teixeira.

Nessa quarta-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) leu os atos de criação de CPI, entre elas a que irá investigar “a atuação do grupo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do seu real proposito, assim como dos seus financiadores”. A CPI do MST terá 27 titulares, que serão indicados pelos líderes partidários. O poder de investigação da CPI é igual ao de uma autoridade policial, portanto poderá convocar autoridades, solicitar documentos e quebrar sigilos. Trata-se, portanto, de um duro ataque ao movimento sem terra, uma investigação que tem como objetivo, na realidade, colocar o MST na ilegalidade.

Ministro Carlos Henrique Baqueta Fávaro, natural de Mato Grosso, é agropecuarista. Foi vice-governador do Mato Grosso entre 2015 e 2018 e senador da República (nomeado após a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL) em 2020). Em 2022, foi nomeado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para coordenar o Grupo Técnico de Trabalho da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Gabinete de Transição Governamental.

Em março deste ano, durante discurso na Expodireto Cotrijal, no estado de Rio Grande do Sul, o ministro Fávero afirmou que “em hipótese alguma vamos compactuar com invasão de terra produtiva”, e complementou que o governo federal é contrário a esse tipo de movimento.

Fávaro já deixou mais do que claro que é um inimigo ferrenho do MST e, consequentemente, de todo o povo pobre do campo. Dentro do governo, se tiver a oportunidade, levará adiante políticas absolutamente avessas aos interesses do povo. Em outras palavras, deve ser expulso do governo Lula, um governo eleito pelos trabalhadores que deve, portanto, governar para estes, e não para os pistoleiros e latifundiários como quer Fávaro.

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