Para desviar a atenção do colapso ambiental provocado sobretudo pelas potências imperialistas, surgem leis europeias que procuram obstruir o desenvolvimento agrícola e industrial dos países oprimidos alegando “preservação” ecológica.
O ataque europeu está programado para se intensificar no segundo semestre de 2023, quando seus países passarão a comprar, como garantia de “preservação” e contra o desmatamento, produtos com garantia de origem, com “certificação”, ao contrário do que eles fazem há séculos.
Em 2018, com o avanço desvairado do desmatamento no governo Jair Bolsonaro que, como as potências europeias e os americanos, nunca respeitou preservação alguma, nem sequer se comprometeu a continuar a industrialização do País, diversos exportadores ameaçaram boicotar os produtos agrícolas brasileiros. O motivo declarado foi o desmatamento na Amazônia. Aproveitando os ataques que o governo fascista de Jair Bolsonaro estava fazendo, esses exportadores, igualmente indiferentes em relação ao meio ambiente, aprovaram um veto à importação de nossos produtos cujas áreas fossem de desmatamentos. A lei começaria em 31 de dezembro de 2020 e, hoje, o governo Lula sofre as consequências. Estão sendo alvos dos ataques a carne, a soja, a madeira, a borracha, óleos e diversos derivados desses produtos. Além do Brasil, os exportadores europeus atacarão também Nigéria, República Democrática do Congo, Etiópia, Guatemala, Indonésia, Malásia e México, nessa primeira leva contra a economia desses países.
Essas leis passarão pelo Conselho Europeu, publicadas no Diário Oficial da União Europeia e depois começarão a pôr em prática os ataques, o que deve ser no segundo semestre. As ameaças de boicote chegaram e chegaram – oportunamente – no governo de esquerda, eleito pelos trabalhadores contra o imperialismo.
Para lutar contra esses iminentes prejuízos, o governo Lula precisa mobilizar a população. Essas leis europeias são resultados do lobby de uma minoria de produtores europeus que tentam barrar a importação dos produtos brasileiros. Muitos apoiadores dessa farsa europeia em “defesa” do meio ambiente alegam que o discurso de Lula contra o apoio dos países da Europa à Ucrânia fora um erro, mas não foi.
Eles fariam esses ataques às economias dos países pobres de qualquer forma, com diversas justificativas. O que Lula afirmou sobre a guerra é a pura verdade: Europa e EUA não querem acabar com a guerra, não são promotores de paz alguma, querem é lucrar com a miséria do povo ucraniano e, acima disso, atacar a Rússia, alvo principal dos imperialistas a reboque dos Estados Unidos.
Todos esses boicotes realizados pelos europeus são feitos exclusivamente em nome de uma falsa preservação ambiental e contra o aquecimento global. Essa política, infelizmente praticada com apoio da esquerda pequeno-burguesa do Brasil, que atua como quinta-coluna contra a nação, visa burocratizar e barrar o desenvolvimento dos países oprimidos, sobretudo seu desenvolvimento industrial. A Alemanha, que também advoga essa política reacionária contra os pobres, já desmatou muitos hectares de florestas, intensificada sobretudo depois que a Rússia não pôde mais exportar energia para os alemães. Além da Alemanha, da França, da Inglaterra como grandes poluidores da Europa, os Estados Unidos são os maiores poluidores do mundo e ainda promovem essa farsa imperialista de preservação ambiental e contra o desmatamento.
É preciso desmascarar essa política e continuar lutando sobretudo a retomada da industrialização do País, condição indispensável para o progresso de uma nação. É possível, sim, avançar na economia, na indústria, no comércio e na agricultura sem desmatar desvairadamente o meio ambiente como vem fazendo todos os países ricos abutres dos países oprimidos do globo. Algo que deve estar subordinado aos interesses do povo.