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Presidente mexicano era da CIA

Até onde vai a interferência do imperialismo?

Abertura de documentos da CIA mostra a relação do ex-presidente do México José López Portillo com a CIA

O Arquivo Nacional dos EUA (National Archives) tem, entre seu acervo, a coleção “The President John F. Kennedy Assassination Records Collection”. A coleção foi criada através de uma lei de 1992, quase 30 anos após o falecimento do presidente norte-americano John F. Kennedy, onde exigia que todo o material relacionado ao assassinato fosse armazenado em uma única coleção. Foi unificado na coleção mais de 5 milhões de páginas de registros, que inclui também fotografias, filmes, gravações de sons e artefatos. A maioria dos registros está aberta para consulta. Entre os documentos liberados para a consulta pública, que oficialmente deixaram de ser sigilosos pelo Arquivo Nacional dos EUA, um documento dá o indício de que o ex-presidente mexicano José López Portillo era um agente da CIA.

Ex-presidente mexicano José López Portilho (1920-2004) governou entre 1976 e 1982, pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), que domina a presidência do México desde 1946, menos entre 2000 a 2012, que foi ocupado pelos governantes do Partido de Ação Nacional (PAN), Vicente Fox e Felipe Calderón. Atual presidente mexicano, López Obrador, é do Movimento Regeneração Nacional (MORENA – La esperanza de México).

Documentos revelaram que o ex-presidente mexicano José López Portillo foi informante da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) por vários anos e sua colaboração durou pelo menos até antes de ele assumir o cargo.

Os documentos, por pertencer à coleção “The President John F. Kennedy Assassination Record Collection”, obviamente se trata de investigação da CIA sobre o assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy em 1963, e inclui um memorando de uma reunião da equipe da CIA datada de 29 de novembro de 1976. Na reunião, o agente de inteligência dos EUA, Bill Sturbitts, informou a seus sete colegas que o novo presidente do México (o nome do López Portillo não é citado) tinha “controle de conexão” há “alguns anos”. Além disso, em uma parte do texto, o agente Sturbitts disse a seus colegas que era “previsível que ele [novo presidente] não veria com bons olhos que esse relacionamento se tornasse público”.

De acordo com o portal americano JFK Facts, Sturbitts estava relatando uma operação conjunta de “escuta telefônica” EUA-México, conhecida como LIENVOY, que gravou secretamente dezenas de chamadas de linhas telefônicas na capital do México. Uma parte do memorando discutindo o novo presidente do México e uma operação conjunta EUA-México sobre “escuta telefônica”.

No referido memorando López Portillo não foi citado nominalmente, mas a reunião ocorreu poucos dias antes de ele assumir oficialmente a liderança do país, em 01/12/1976, portanto não era novidade nenhuma quem seria empossado como novo presidente.

Segundo Wikipedia, Portillo teve grande êxito em relações exteriores, mas a sua administração na área econômica resultou em crise mais severa da história do México. O seu sucessor foi o Miguel de la Madrid (1982-1988), um advogado neoliberal com uma visão orientada pela economia de mercado.

O Partido Revolucionário Institucional (PRI), que pertence à Internacional Socialista, sempre foi caracterizado como desenvolvimentista. Mas, a partir da década de 80, começou a adotar medidas como privatizações, liberalização do comércio e corte nos gastos públicos. Exatamente no período de gestão de Portillo e Miguel de la Madrid, seu sucessor.

Abaixo o texto em íntegra no site do Arquivo Nacional dos EUA:

https://www.archives.gov/files/research/jfk/releases/2023/104-10095-10105.pdf

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