O Clube de Regatas Vasco da Gama, de tradição portuguesa, tornou-se Sociedade Anônima de Futebol (SAF) em agosto de 2022. De lá para cá o time não conseguiu nada de muito importante. Subiu para Série A na quarta e última vaga e no campeonato carioca nem se viu falar muito. As contratações de alto nível tão esperadas não vieram e os torcedores veem dias com a compradora do clube 777 Partners, piores do que com Eurico Miranda.
Acabado 2022, o clube que supostamente deveria ter um investimento milionário, viu-se obrigado a chamar o calote. A cruzmaltina foi acionada na justiça em um processo trabalhista que deveria ser simples. Bruno Tubarão, que defendeu o clube no de 2022 – atualmente está no Atlético-GO – cobra uma dívida judicialmente ao ex-clube. A ação foi ajuizada pelo jogador contra o Vasco associação, assim como, contra o Vasco SAF, a parte do futebol do clube que foi comprada pela empresa norte-americana. Conforme declarado pelo o atleta, as verbas rescisórias não foram pagas conforme acordadas no fim do vínculo com o clube. Atualmente a dívida chega ao valor de R$ 140.819,80, um cifra baixa para um clube que foi comprado pelos americanos, algo em torno de 700 milhões de reais.
Esse caso deve ser um dos primeiros a ser enfrentados pelo clube. Primeiro, já mostra um desprezo pelo jogador brasileiro, visto que os americanos poderiam quitar facilmente a dívida. Segundo, pela dívida e falta de investimentos, as SAFs já mostram que chegam ao país querendo muito lucro e irão fazer de tudo para arrochar os jogadores, exatamente como as empresas imperialistas fazem com os trabalhadores. Algumas já mostram sinais de falência pedindo recuperação judicial, sem nem mesmo terem algum tempo aqui, e todo o suposto dinheiro investido parece ter sumido. Sabemos que os imperialistas são mestres em comprar líderes corruptos de países atrasados e muito provavelmente devem estar fazendo isto dentro dos clubes também. Um especialista capitalista em SAFs já foi claro: os clubes não quebram mas as SAFs podem quebrar.
Entregar um dos maiores patrimônios do Brasil, como os clubes de futebol, é um crime de lesa-pátria. Facilmente esses acionistas podem retirar seu dinheiro dos clubes e investir em algo que lhes dê mais rentabilidade, literalmente quebrando as nossas paixões. Devemos criar um movimento contra as SAFs, que ilustre esses pontos para os torcedores que são apaixonados por seus clubes. Nada de venda dos clubes para estrangeiros imperialistas, os clubes são nossos e com os trabalhadores que devem ficar.