Em mais uma declaração reacionária, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, condenou as mais recentes ocupações de terra realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em especial as terras da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, localizadas em Pernambuco.
As ocupações realizadas pelo MST fazem parte do chamado “Abril Vermelho”, jornada de lutas em defesa da Reforma Agrária e em memória dos camponeses que foram assassinados pela polícia militar do Estado do Pará a mando dos latifundiários da região, no Massacre de Eldorado dos Carajás. Até hoje, os assassinos seguem impunes.
Filiado ao PSD, e ligado aos latifundiários do estado do Mato Grosso, o reacionário ministro voltou a taxar de “crime” a justa luta dos camponeses. Anteriormente, esse fascista já havia defendido que os latifundiários se defendessem das ocupações de terra com armas nas mãos. Como se isto já não ocorresse!
Não é segredo para ninguém que o campo brasileiro está infestado de milícias fascistas armadas até os dentes, milícias estas que estão sob o comando dos latifundiários. Enquanto isso, os camponeses seguem desarmados. Resultado? Massacres ocorrem todos os dias. O camponês é assassinado enquanto busca apenas trabalhar por sua subsistência. O latifundiário, por sua vez, segue parasitando uma terra que não é sua.
É uma situação absurda. Para solucionar esta situação, é necessário fazer uma campanha ampla, na cidade e no campo, pelo direito irrestrito ao armamento. É devido à política de desarmamento que camponês segue sendo massacrado pelos jagunços e pelo aparato de repressão do Estado burguês. Ademais, é premente a formação de comitês de autodefesa como medida imediata para prevenir o assassinato do trabalhador do campo pelo latifúndio.
Outra situação absurda é o fato de o governo Lula, um governo que vem adotando uma política voltada aos trabalhadores, ter como ministro da agricultura um fascista, um capacho do latifúndio, que defende explicitamente que os camponeses sejam assassinados por esses parasitas. É uma situação insustentável, uma contradição que vai ficando cada vez mais aguda. Já chegou a hora desse fascista ser expulso do governo. O presidente Lula deve expulsá-lo. O MST, a FNL, a LCP e todos os movimentos do campo precisam se mobilizar pela sua saída.
E não apenas os movimentos camponeses, mas também a esquerda das cidades, os sindicatos, os partidos políticos e as demais organizações devem se juntar a essa campanha, pressionando o governo para se livrar desse agente do latifúndio.
FORA, CARLOS FÁVARO!