O advogado Cristiano Zanin tem sido apontado como o primeiro nome na lista de indicações do presidente Lula para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu nome pode ser indicado nos próximos dias. A possível escolha desagradou profundamente importantes setores da burguesia, tanto que todo o monopólio da imprensa capitalista e golpista iniciou uma verdadeira campanha de difamação contra o advogado.
A Folha de S.Paulo partiu para o ataque, publicou uma matéria afirmando que Zanin estacaria impedido de julgar casos que envolvam o ex-juiz Sergio Moro, que se encontram agora no STF, uma vez que há a relação de imagem pública de adversários. Uma tese absolutamente fora da realidade, Zanin simplesmente exerceu seu papel de advogado, com competência, segundo avaliação do próprio Lula, e mostrou que o processo nada mais era do que uma perseguição política, em que acusação e juiz formavam um complô contra o acusado. Além de denunciar os inúmeros crimes cometidos pelo poder publico no âmbito da golpista operação Lava Jato.
Assim, seguir a lei e defender a lisura do processo penal não torna nenhum juiz impedido de julgar. Descendo ainda mais baixo, a Folha de S.Paulo publicou uma “reportagem” sobre três acusações contra o Cristiano Zanin e sua Esposa da parte de três ex-babas dos filhos do casal. Dois casos de 2017 e um caso deste ano. Os dois primeiros dizem respeito, ao que parece, ao tratamento dispensado por Valeska Teixeira Zanin Martins, esposa de Cristiano Zanin e mãe das crianças, no entanto, os processos todos incluem o próprio Zanin como parte.
O último caso, mais recente, exposto pela Folha de S.Paulo, diz respeito a uma baba que prestou serviço para o casal durante um mês. Inclusive na ausência de Zanin, fora de São Paulo no período. De 1º de fevereiro a 1º de março deste ano, no dia seguinte a sua dispensa, dia 2 de março, a baba já havia constituído advogado. Na peça, ela, que recebeu quase R$ 10 mil reais pelo serviço, pede mais R$ 100 mil por horas-extras e danos morais. O advogado chegou a tentar extorquir o casal, pedindo R$ 35 mil para que não fosse parar na imprensa.
Segundo, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, trata-se de: “alegações fabricadas que pretendem confundir o zelo de uma mãe com interesses financeiros e que, ao mesmo tempo, procuram desgastar a reputação do meu marido”.
Seja como for, a trata-se de uma campanha difamatória contra o advogado Cristiano Zanin, que aparece agora como meio de pressionar o presidente Lula pela não indicação de seu nome à suprema corte. A burguesia considera temerária a participação de Zanin no STF, justamente pela sua denúncia das ações antidemocráticas do judiciário no âmbito da operação Lava Jato. O caráter legalista e democrático que Zanin mostrou ter – espera-se que se mantenha – desagrada à burguesia, além, é claro, da sua vinculação com o presidente Lula.