O governo de Pietro segue na trilha da violência de um Estado autoritário e sob o controle da direita armada e assassina. Se o atual governante colombiano não consegue inverter essa política de “morte”, de décadas, no país ocupado pelos Estados Unidos e nas mãos de grupos privados armados da direita, como de fato pretender ser um governo de mandato popular? Os assassinatos no país estão a todo o vapor e nenhuma política por parte do governo caminha na direção oposta desse verdadeiro extermínio dos principais representantes populares.
Segundo o portal Telesurtv.net “Em duas novas denúncias contra a violência política na Colômbia, o Instituto de Estudos para a Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), deu a conhecer que neste domingo foram assassinados Diego Mauricio Mejía Rojas e Luis Alberto Quiñones Cortés”. Diego Rojas era membro do conselho do Departamento do Partido Comunista e também integrava a Unidade Nacional de Proteção (UNP). Rojas foi também o sexto homem morto que integrava a equipe dos acordos de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Diego Maurício Rejías Rojas também é o número 354 na quantidade de pessoas mortas que integraram os acordos desde 2016 na Colômbia.
O outro ativista político e representante popular a ser assassinado recentemente foi Luis Alberto Quiñones Cortés, representante comunitário da voz dos negros. Com ele são 1451 líderes comunitários mortos desde que o acordo de paz foi firmado. Com a sua morte, já são ao todo 42 líderes sociais assassinados na Colômbia, apenas em 2023.
Caso o governo de Pietro não tome providências, uma escalada maior de violência contra representantes dos movimentos sociais poderá impulsionar os grupos armados de direita a combater as tentativas de barrar o conflito. A direita colombiana não tem interesse num verdadeiro acordo de paz, segue calando a voz dos líderes sociais e reprimindo a esquerda popular. A política de enfrentamento a essa questão parece inócua ou inexistente do governo dito de “esquerda” de Pietro e caminha na direção de uma derrota em outras frentes, com uma capitulação ao imperialismo e à burguesia reacionária colombiana.
Isso mostra que foi um erro a esquerda colombiana ter se desarmado. A esquerda pacifista, que vive pregando o desarmamento da população, precisa ver os resultados dessa política, que deixa os trabalhadores indefesos diante de seus carrascos.
A esquerda colombiana precisa organizar sua autodefesa, enfrentar e derrotar esses assassinos que, ninguém duvide, estão sob proteção dos Estados Unidos.