Os lamentáveis acontecimentos dos últimos dias, nas escolas de São Paulo e na creche de Blumenau (SC), são, como muitos outros, resultado direto do avanço da crise capitalista e da decomposição social que ela impõe contra a maioria do povo.
Em todo o País, os abutres, inimigos do ensino público, da juventude e da luta do povo trabalhador, procuram tirar proveito do ocorrido para defender o aumento da repressão nas escolas.
Os responsáveis por essas medidas, são os que desviam os recursos da Educação, Saúde, por exemplo, para os cofres dos banqueiros e outros parasitas; os que vivem de cortar gastos com a Educação, deixando as escolas em condições precárias, demitindo servidores, não realizando concursos, privatizando, terceirizando, pagando um salário miserável para os professores e funcionários.
Em São Paulo, os seguidos governos tucanos, de Mário Covas a Rodrigo Garcia, passando por Alckmin, Serra, Dória etc., demitiram mais de 5 mil seguranças escolares, realizaram uma redução drástica no número de funcionários nas Escolas, impuseram a terceirização massiva e não realizaram concursos para contratações, deixando as escolas em um verdadeiro caos. Além de rebaixarem os salários dos professores a menos da metade do seu valor real e promoverem todo tipo de ataques contra os educadores.
Agora, os governos inimigos da educação querem se valer da tragédia para impor a mesma Polícia Militar que mata mais de 6 mil pessoas por ano (segundo dados oficiais), a maioria pobres, jovens e negros, para “tomar conta das escolas” com os seus “especialistas” em bater, torturar e até matar jovens, reprimir protestos e não representam, portanto, nenhuma segurança para estudantes e educadores.
O objetivo, na verdade, é o de conter a revolta dos educadores e dos estudantes, que iniciaram protestos contra a famigerada reforma do ensino médio, pelo pagamento do piso de R$ 4.420.
Em sua recente Plenária Nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) deliberou convocar uma greve nacional da Educação com esses eixos, para o dia 26 de abril, além de outras mobilizações: É preciso intensificar a mobilização nas Escolas. Unir estudantes, professores, funcionários, pais, contra as medidas de destruição do ensino público e contra a política repressiva de colocar a polícia dentro das unidades escolares.
Contra essa medida nazista, mobilizar com uma grande campanha nas Escolas, visando intensificar a ocupação das ruas, em defesa de reivindicações dos trabalhadores e da juventude, tais como, a imediata contratação de milhares de funcionários para as Escolas (concurso já!); aumento dos salários de todos os servidores da Educação: pagamento do piso nacional dos professores de R$ 4.420 (sem o golpe dos abonos), 14,95% já para todos, reposição de todas as perdas salariais; revogação da “reforma” do ensino médio; mais verbas para a Educação: verbas públicas apenas para as Escolas públicas; Não à PM nas Escolas: fim da política repressiva. Escolas democráticas sob o controle da Comunidade Escolar.