A China tem incentivado vários países como Arabia Saudita, Brasil, Malasia e outros do leste asiático a usar moedas locais para comércio entre os países. China também conseguiu um acordo entre Arabia Saudita e Irã, isso foi um passo importante contra o dólar. E recentemente a Malasia tem proposto um Fundo Monetário para rivalizar com o FMI na Ásia. Então cada vez mais a China realiza ações contra a hegemonia do Dolar.
A hegemonia do dólar é um importante mecanismo do imperialismo para controlar o mercado internacional. Por exemplo, as transações comerciais são feitas em dólar através do sistema SWIFT. Com o controle deste sistema os EUA e os bancos podem aplicar sanções sobre os países e empresas. Bancos, empresas e governos que não seguem suas regras são retirados do sistema SWIFT e não podem mais realizar compras e transferências de dinheiro para outros países. O Bitcoin burla o SWIFT e por isso se tornou popular. Embora os governos nao tem controle sobre o Bitcoin, existem controles sobre as casas de câmbio de Bitcoin para o dinheiro local. Outro exemplo, o mercado bélico da Russia e China tem vendas muito baixa porque os governos não podem usar os bancos para comprar armas da Rússia e China e todas as compras bélicas passam por grandes bancos, somente nos filmes americanos que se compra armas com diamantes.
Outro mecanismo do dolar é ser a principal moeda de reserva do mundo. E como os EUA cuida da emissão do dolar e da taxa de juros, então ele têm usado isso para transferir certas crises para os outros países sempre que necessário. Não é de se admirar que John Connally, secretário do Tesouro dos Estados Unidos no governo do presidente Richard Nixon, certa vez observou com franqueza: “O dólar é nossa moeda, mas problema é de vocês”.
Em 1944, o acordo de Bretton Woods realizado perto do fim da segunda guerra mundial levou a criação do banco FMI jutmanete com o monopolio do dolar atrelado ao ouro. Este acordo pegou o início de um novo ciclo do capitalismo e portanto o capitalismo teve seus anos de ouro. No entanto, o sistema enfrentou problemas na década de 1960, quando os Estados Unidos começaram a imprimir mais dinheiro para financiar a guerra do Vietnã, o que levou à inflação e à desvalorização do dólar. Em 1971, o presidente americano Richard Nixon suspendeu a conversibilidade do dólar em ouro, o que efetivamente acabou com o sistema de Bretton Woods e abriu caminho para o sistema monetário flutuante que existe hoje em dia. Isso significou que as nações do mundo não poderiam mais trocar dólares por ouro. Ao mesmo tempo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu aumentar os preços do petróleo bruscamente e impor um embargo às exportações de petróleo para países que apoiaram Israel na Guerra do Yom Kippur de 1973. Como resultado, os países importadores de petróleo tiveram que pagar preços mais altos e enfrentar uma crise econômica, enquanto os países produtores de petróleo acumularam grandes quantidades de dólares. Isso levou a um aumento significativo da oferta de dólares no mercado global e uma crescente demanda por investimentos seguros para armazenar esses dólares.
Os bancos centrais de muitos países começaram a acumular grandes reservas de dólares para estabilizar suas moedas e proteger suas economias da inflação. Isso aumentou ainda mais a demanda por dólares e fortaleceu a posição do dólar americano como a principal moeda de reserva global. A partir daí, o petrodólar se tornou uma referência para transações globais de petróleo e uma forma de países produtores de petróleo investirem seus lucros em ativos denominados em dólares. Isso também permitiu aos Estados Unidos aumentar seu déficit comercial sem causar uma grande desvalorização do dólar, uma vez que muitos países precisavam manter grandes reservas de dólares para comprar petróleo.
A desdolarização pode reduzir a dependência de um país ou região em relação ao dólar americano, o que pode tornar sua economia mais independente e menos suscetível a flutuações cambiais. O dólar perdendo sua hegemonia global terá um impacto significativo na economia mundial e nos mercados financeiros. Se o dólar perder sua hegemonia, o papel dos Estados Unidos como potência econômica global pode ser afetado. Fora que os EUA têm se beneficiado da posição privilegiada do dólar como moeda de reserva, permitindo que o país financie seu déficit comercial e orçamentário por meio da emissão de títulos do Tesouro denominados em dólares. Se outras moedas se tornarem mais importantes no comércio global, isso pode afetar a capacidade dos EUA de financiar sua dívida e manter sua posição como líder econômico mundial.
