Romário, ex-craque da seleção brasileira e atual senador pelo PL, apesar de não entender nada de política e repetir a esparrela bolsonarista, de futebol entende. Pelo menos no que refere no palpite para escolha do novo técnico da seleção brasileira, ele parece ter consciência.
Em entrevista a Gazeta Esportiva, Romário afirmou: “É, realmente não é uma pergunta fácil de ser respondida. Se a gente for falar de treinador brasileiro, na minha opinião, hoje seria o Fernando Diniz, principalmente pela forma que ele faz o seu time jogar. Acredito que seja uma forma bem interessante para a seleção brasileira, principalmente porque são mais quatro anos para a próxima Copa”.
No entanto, enquanto os jogadores brasileiros opinam que o técnico da seleção tem que ser brasileiro, os cartolas da CBF jogam todas as fichas na contratação de um técnico estrangeiro, fazendo coro com a campanha imperialista contra o nosso futebol. Os cartolas quando metem o dedo na seleção é sempre no objetivo de atrapalhar, nunca ajudar. Eles deveriam se concentrar em cuidar da parte burocrática, que tem problemas tanto quanto o departamento de futebol, e deixar a questão técnica para os futebolistas.
Aos dirigentes da CBF interessa menos o futebol do que o dinheiro que se possa ganhar com ele, mesmo que o preço a pagar seja acabar com o futebol brasileiro.
A questão do técnico estrangeiro dirigir a seleção brasileiro não encontra justificativa sob nenhum aspecto, não é uma questão de xenofobia ou qualquer outro preconceito que se possa imaginar. É apenas uma questão prática e material, temos a melhor seleção do mundo, somos penta campeões, além de todos os outros títulos conquistados ao longo da existência do futebol no país.
Nunca um técnico estrangeiro dirigiu a seleção em sua história, e os treinadores brasileiros na sua maioria foram ex-jogadores de futebol, ou pessoas intimamente ligadas ao esporte, e conhecedores profundos das características do jogador e do futebol brasileiro.
A Copa da Catar mostrou que essa história de técnico europeu é uma grande fraude, basta ver o fraquíssimo desempenho das seleções europeias nesta última competição. A Itália, por exemplo, nem se classificou, e pela segunda vez consecutiva. A Alemanha não passou da fase de grupos e o futebol “organizado” da Espanha mostrou que não passa de um chatice burocrática, onde todos cumprem à risca aquilo que os técnicos determinam, não tem jogadores realmente criativos, como temos no Brasil.
Chamar um técnico estrangeiro, seria como tentar usar uma chave-inglesa pequena para um parafuso maior.
Se um técnico estrangeiro vier a dirigir a seleção irá tentar implementar o seu estilo de jogo, e fará com que o jogador brasileiro faça coisas que não está acostumado a fazer, a natureza do jogo europeu é o anti-jogo, manter a posse de bola, evitar o risco, jogar para trás, e aproveitar as raras oportunidades de gol que podem ou não aparecer durante a partida, e, se possível, levar o jogo para os pênaltis como vimos no jogo da Croácia e Brasil na última copa.
Algo que irá irritar o torcedor brasileiro, e em vez de ter 200 milhões de torcedores a seleção terá 200 milhões de críticos.
Fica a dica do Romário, vamos de técnico brasileiro da gema para o melhor futebol do mundo.