A serviço do imperialismo

Casagrande, agente para a desmoralização do futebol brasileiro

Ao atacar os jogadores brasileiros e elogiar sem fundamentos os argentinos, Casagrande contribui para a desmoralização da Seleção Brasileira

No dia 23 de março, o colunista do UOL/Folha de S. Paulo, o ex-jogador Walter Casagrande, mostrou mais uma vez que tem profunda aversão ao Brasil, ao povo brasileiro, e acaba traduzindo isso disfarçadamente em críticas à Seleção Brasileira.

Para Casagrande, tudo o que os jogadores brasileiros fazem é ruim, tudo o que os argentinos fazem é uma maravilha. Antes de mais nada, é preciso dizer que Casagrande apenas segue a orientação da imprensa capitalista, programada a atacar o futebol brasileiro, a serviço dos interesses dos grandes capitalistas internacionais.

Na coluna, chamada “A lição de Messi: não basta ser campeão, é preciso ganhar o carinho do povo”, Casagrande tenta provar a superioridade argentina em relação a nós (macaquitos?) brasileiros. Para isso, não precisa ter muitas provas, basta falar.

O gancho de sua opinião está num acontecimento banal: o “grande Messi”, grande porque é argentino e jogou a vida inteira no futebol europeu, foi jantar numa churrascaria e decidiu sair pela porta da frente, nos braços das centenas de pessoas que estavam do lado de fora.

Muito bom, muito bonito, mas que raios os brasileiros têm a ver com isso? Nada, absolutamente nada, apenas a vontade excessivamente grande da crônica esportiva nacional de encontrar motivos para avacalhar o futebol nacional. Para Casagrande, os argentinos têm “uma forte identificação com a sua seleção mesmo nos momentos ruins. Isso acontece porque os jogadores argentinos sempre jogaram para os torcedores, pelo país, e não para alimentar o próprio ego, como aconteceu com a seleção do Tite”.

De onde Casagrande tirou essa conclusão? Supostamente ele viu coisas e as interpretou. A FIFA, essa entidade maravilhosa e respeitável, elegeu os torcedores argentinos como os melhores. Casagrande concorda, o que mostra que suas conclusões não são originais, mas ele apenas está repetindo uma propaganda ideológica geral.

Não temos aqui nenhum interesse em avacalhar os torcedores argentinos. O que chama a atenção é a necessidade extrema de avacalhar os brasileiros.

Vejamos uma coisa: Há inúmeros estudos que mostram que o futebol, para os brasileiros, é mais importante do que para a população de qualquer outro país. O futebol transformou-se em parte integrante da cultura nacional.

Mas, aí vem Casagrande e declara que, na verdade, o futebol não tem importância para os brasileiros. Alguém poderia falar que ele está criticando a Seleção, mas não é assim. Ao criticar a Seleção e dizer que o povo não tem identificação com ela, Casagrande está decretando que o futebol não tem mais importância para o brasileiro. Afinal, a Seleção seria como que uma síntese dessa paixão nacional.

O problema é que a crítica de Casagrande não procura dizer o porquê, se é que está acontecendo mesmo, de a Seleção estar perdendo essa identificação com o povo. Ele atribui isso aos jogadores, o que é colocar a culpa em quem não tem culpa de nada. Se há problemas na Seleção, devemos criticar os capitalistas que dominam o futebol, que roubam nossos jogadores cada vez mais cedo para jogar na Europa, que impõem ao brasileiro o futebol chato, feio, burocrático e medíocre dos campeonatos europeus. Esses são problemas fundamentais que são os inimigos do futebol brasileiro. Os jogadores não têm nada com isso.

Ao colocar a culpa nos jogadores, ao fazer elogios gratuitos aos argentinos, Casagrande não está colaborando por realmente criticar o problema, ele está ajudando a criar o problema. Não está ajudando a Seleção Brasileira a voltar a ter identificação com o povo, está servindo como agente dessa desmoralização do nosso futebol.

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