Em abril deste ano, a Finlândia tornou-se 31º país membro da OTAN, com a ratificação da Turquia, sendo o último país a ratificar. O processo de adesão de Finlândia e Suécia à OTAN tinha sido começado com o início da guerra da Ucrânia, em 2022, mas se arrastou devido à resistência da Turquia. O motivo de contrariedade de Ancara é a acusação do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de não ser atendidas pela Finlândia e Suécia de suas demandas de extradição de cidadãos turcos acusados de “terrorismo”. O presidente Erdogan acusou tanto a Suécia como Finlândia de dar refúgio seguro para os membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado “terroristas”, e dos cidadãos da Síria, membros do Partido da União Democrática (PYD) da Síria. Os sírios membros do PYD são acusados pela Turquia de ligação com o PKK.
Além disso, as negociações entre os países foram temporariamente suspensas no início do ano, após protestos em Estocolmo, capital da Suécia, em que teve queima de texto religioso islâmico e enforcamento de uma imagem representando o Erdogan. Tanto na Finlândia como na Suécia têm refugiados turcos, com número maior na Suécia.
Após a 2ª Guerra Mundial, os países nórdicos mantiveram por décadas posição de não alinhamento militar. Mas, dizem que a opinião pública mudou após a invasão na Ucrânia.
A adesão de entrada da Suécia foi atrasada pela Hungria, que cita crítica às políticas do primeiro-ministro sueco. Entretanto, o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que é uma prioridade a adesão da Suécia, e disse que espera que sejam membros até a cúpula da aliança em Vilnius, na Lituânia, em 11 e 12 de julho.
O ponto principal da OTAN era a entrada da Finlândia, que possui mais de 1.300km de fronteira com a Rússia, alvo da aliança militar.
O adiamento da entrada sueca no bloco dá uma desculpa demagógica a Erdogan para sua capitulação (suas demandas não foram atendidas para a entrada da Finlândia), mas pouco afeta os planos imperialistas contra a Rússia.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse à liderança militar da Rússia que a adesão da Finlândia “cria riscos de uma expansão significativa do conflito” na Ucrânia, mas que isso não afetaria o resultado do que a Rússia chama de “operação militar especial” na Ucrânia.
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico Norte, de 1949, em que tem o sistema de defesa coletiva, onde seus membros concordam com a defesa mútua quando um dos participantes é atacado por qualquer país externo à aliança. Para participar da aliança, é necessária a aprovação de todos os países membros.