É verdade que a modernidade criou animais fantásticos. Da ideia genial de que você é aquilo que acredita ser, até feminismo de direita e neoliberal de Simone Tebet, bem como o Bolsonaro defensor dos direitos humanos. A política e as necessidades políticas fazem com que seus praticantes se contorçam de formas inimagináveis, até inacreditáveis. Mas nenhuma vencerá o contorcionismo do nosso “cavaleiro templário medieval”, ultracatólico e “anarco-capitalista” Paulo Kogos.
Kogos começou por atacar a posição do PCO em relação ao armamento, pressionado por ver que nossa posição em relação ao armamento é bastante mais coerente e chama a atenção tanto da direita quanto da esquerda.
Em sua desastrada ofensiva, o anarcocapitalista admite que o PCO defende o armamento tanto do que ele considera “cidadão de bem” quanto aquilo que ele enxerga como “cidadão de mal” e que ele não tem tal posição! Por mais anti-estatista que nosso jovem templário seja, ele não pode concordar com a posição dos comunistas, ele foi obrigado a dizer “Eu não defendo o armamento de todos, apenas do cidadão de bem”.
Como um passe de mágica, nosso templário deixou cair espada, crucifixo, elmo e escudo e mostrou-se mais um pequeno-burguês universitário com medo do povo. Apenas os por ele aprovados podem portar armas! No que isso difere do PSOL? Nada. O PSOL defende o porte de armas na mão de profissionais da repressão, ele na mão de “cidadãos de bem” e o PCO na mão de quem quiser ter uma arma. Quem vai realizar esta triagem dos escolhidos? Algum aparato estatal ou, na visão “Ancap”, privado. Já na proposta do PCO quem realizará a triagem? Não tem triagem! Mas por que não? Não tem cabimento o Estado regular quem usará as armas que cumprem fundamentalmente a função de servir de apólice de seguro do povo contra o próprio Estado e uma eventual ditadura. O PCO é contra o Estado, o Ancap é a favor. É impressionante, como o mundo dá voltas.
Tanto Boulos e o PSOL como Kogos, um Boulos de direita tem medo do povo, não podem confiar a eles armas sem que sejam devidamente verificados, cada um com seu critério. Ambos são cidadãos, que apesar da circunferência avantajada, são tão magros quanto qualquer outro (é preciso aderir ao politicamente correto!), e acham que sabem o que é melhor para todo mundo e querem mandar na vida alheia.
Caro leitor, este artigo é uma provocação ao nosso interlocutor, lhe peço desculpas pelas provocações que fiz, mas desafiei o brilhantíssimo cavaleiro templário a um debate, depois que ele falsificou minha posição e a posição do PCO, mas encontramos um silêncio da parte dele, talvez esteja vindo de pomba rumo a nossa redação. Espero que o pulso de nosso templário não esteja com tendinite para sacar a espada (metafórica, do debate), a internet é uma praga para estes pulsos! Aguardamos pacientemente a resposta!