O governo Lula está sob um intenso cerco, subproduto do golpe de 2016 e dos ataques às condições de vida do povo.
A “PEC do teto de gastos” (“arcabouço”); as privatizações e desnacionalização; a PPI (Política de Paridade internacional) e as abertas sabotagens do Conselho de Administração da Petrobras e do Copom; a crise que leva à liquidação de setores inteiros da economia, as anti-reformas trabalhista e previdenciária etc. são sintomas de uma ditadura, que tem como um dos dados mais visíveis a estratosférica dívida pública em favor dos bancos, que suga quase metade do orçamento nacional, constrangendo toda a economia, inibindo o crescimento do país, impulsionando o desemprego, reduzindo a massa salarial, fazendo contrair o consumo popular, destruindo a indústria nacional e a capacidade de investimento social do Estado.
Sem uma ampla base parlamentar onde possa se apoiar, o governo se vê vulnerável às pressões da direita, inclinando-se a realizar acordos que vão na contramão dos interesses populares, em um jogo em que se multiplicam as chantagens.
Sob esse repertório econômico negativo, num ambiente político conturbado e desfavorável, é que o governo Lula se vê semi paralisado, com limites muito estreitos de manobra e ação político-governamental.
O governo Lula dispõe, no entanto, de um robusto apoio de forças político-sociais, com capacidade de mobilizar um amplo movimento popular, impulsionando o debate nacional para desencadear um plebiscito, visando revogar integralmente toda a geringonça golpista das “reformas” contra o povo adotadas nos governos de Temer e Bolsonaro.

É urgente que as forças populares, representativas das lutas dos trabalhadores do campo e da cidade, da juventude e de todos os explorados tomem a dianteira. Os setores que garantiram a vitória de Lula precisam realizar uma ampla campanha pela convocação de um plebiscito revogatório, que vise fazer prevalecer a soberania nacional, colocando abaixo as “reformas” golpistas, as privatizações e os entulhos antinacionais e antipopulares impostos nos governos Temer e Bolsonaro.





