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Gabriel Araújo

Dirigente Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Editor da Tribuna do Movimento e do Boletim do Movimento. Militante do Partido dos Trabalhadores e colunista do Voz Operária-Rio de Janeiro.

Mussolini de Maringá

Sergio Moro: um agente dos EUA no Brasil

A esquerda não pode aceitar a armação de Moro envolvendo o caso do PCC

Durante a semana passada a imprensa capitalista deu ampla divulgação para uma operação da Polícia Federal que visava supostamente evitar uma tentativa de assassinato do Senador Sérgio Moro. A ação, curiosamente, ocorreu após o Presidente Lula declarar em entrevista ao Brasil 247 que já pensou em se vingar dos agentes do Estado que tocaram a Operação Lava-Jato e que queria foder Sérgio Moro.

A operação que supostamente salvou Sergio Moro foi ordenada pela juíza Gabriela Hardt, que atuou juntamente com Moro na Operação Lava-Jato, tramando a prisão do Presidente Lula e a destruição da economia nacional. Para qualquer pessoa com o mínimo de capacidade de reflexão intelectual, a constatação é óbvia, trata-se de mais uma armação de Sergio Moro, para tentar reabilitar sua popularidade após ter sido desmascarado e ver o Presidente Lula voltar para o Palácio do Planalto.

Mas não se trata apenas de uma mera jogada de marketing político, essa operação que tenta associar o Presidente Lula com uma suposta orquestração de uma tentativa de assassinato de Sergio Moro, visa desmoralizar o governo demonstrando que o mesmo não tem controle sobre a Polícia Federal e tem o objetivo de colocar Lula contra a parede por conta da campanha política que o governo tem se lançado para conseguir implementar sua política econômica de desenvolvimento para o país.

A questão aqui relacionada a desmoralização que quero ressaltar, não se trata de avaliar se o governo é bonito ou feio, se é bom ou é mau, se é composto por santos ou por demônios. Se trata de uma análise do grau de autoridade política diante da sociedade e do Estado, no contexto da avaliação da correlação de forças nas lutas de classes. Esse aspecto moralista, deixo para os jornalistas de entretenimento e que gostam de entrar em polêmicas bestas que não levam os trabalhadores a lugar algum, ou deixamos para quem gosta de acreditar em dogmas. O que é colocado nesta analise aqui, é o fundamental, a essência concreta do que está em disputa na situação política nacional.

Esse processo ocorre em um momento onde o Presidente Lula tem intensificado as denúncias políticas contra a manutenção da alta na taxa de juros por parte do Banco Central, que tem promovido uma verdadeira sabotagem, minando os investimentos na reconstrução da economia nacional.

Isso se soma ao processo de desmoralização com a tentativa de golpe do dia 08 de janeiro, onde as Forças Armadas, os fascistas e o imperialismo, mostraram quem é que tem bala na agulha, por meio da invasão e destruição das sedes dos três poderes, para ditar através da força os rumos da política e da economia nacional. Naquele momento, os golpistas queriam sentir se havia clima político para de fato efetivar um golpe, mas também queriam aproveitar a situação para desmoralizar a liderança do Presidente Lula e de seus ministros. E de fato, conseguiram pelo menos esse segundo objetivo. Com somente 5 mil fascistas destruíram as sedes dos três poderes. Basta raciocinar um pouco: quantas vezes a esquerda não colocou 50 mil, 100 mil, 200 mil pessoas, na Esplanada dos Ministérios, e foi duramente reprimida, sem ao menos conseguir chegar perto das sedes dos poderes da república? O que aconteceu foi uma desmoralização para mostrar quem que detém força política de fato, com relação ao controle do Estado Nação.

Nada é por acaso, e os dois ângulos que a questão da operação lançada semana passada deve ser observada são esses, o da reabilitação de Sergio Moro no cenário político e a tentativa de colocar o governo Lula sob chantagem. Além dessa questão, há também a tentativa de melhorar a imagem da Polícia Federal, que ficou sem credibilidade após o golpe de 2016 e também por não ter sido conivente com a tentativa de golpe em janeiro deste ano.

Sergio Moro e Gabriela Hardt são agentes do imperialismo norte-americano, controlados diretamente pelo Estado Profundo. Moro, principalmente, não se trata de uma mera figura aventureira na política, apesar de ser desqualificado intelectualmente. Moro é um traidor do país e deve pagar por seus crimes contra o Brasil. Nunca a qualificação intelectual foi um critério importante para o imperialismo. O que o imperialismo quer são vagabundos políticos capazes de ser testa de ferro para levar adiante seu programa de dominação política, econômica e militar, contra os países atrasados. Não obstante, uma figura desqualificada como Sergio Moro, foi responsável pela destruição daquilo que restava da indústria nacional, causando enormes prejuízos para o país, levando milhões ao desemprego e à miséria.

Algumas pessoas se deixam impressionar e se levar pelos aspectos morais da situação, e escamoteiam a análise concreta da questão. Imaginemos que Sergio Moro tenha feito tudo que fez por mero capricho. Ainda assim, teria que se levar em consideração de que o imperialismo se valeu dos anseios advindos desse capricho político para submeter um país continental e a quinta economia do mundo a um humilhante processo de destruição política e econômica, para perpetuar sua dominação.

Lula, acertadamente e diferente de alguns ministros de seu governo, e entre outros elementos pequeno burgueses e burgueses que pairam pela frente ampla, não tergiversou na compreensão do fenômeno, não se deixou levar pelas pressões da imprensa cartelizada e mancomunada com os interesses dos EUA, e por conseguinte, de Sergio Moro, e tratou de caracterizar essa ação da Polícia Federal e do Judiciário, como uma armação contra o seu governo e, portanto, contra o País. Os elementos de esquerda não podem aceitar essa fajuta armação que é criada apenas para estabelecer um clima para desmoralizar o governo Lula e calcar o caminho para derrubá-lo. Essas acusações precisam ser desmascaradas e não podem nem mesmo ser levadas a sério, porque essas instituições são aparatos decadentes, entupidos de pessoas desqualificadas e delinquentes, capazes de vender até a mãe para ganhar dinheiro, enquanto a esmagadora maioria do povo brasileiro vive na mais completa desgraça.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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