Nos últimos meses, a rede social chinesa TikTok tem sido alvo de uma implacável perseguição por parte do imperialismo, principalmente dos Estados Unidos. Sob argumentos moralistas, o imperialismo faz uma caçada a uma rede social concorrente às redes sociais imperialista, mostrando como a livre concorrência é uma falácia liberal.
O TikTok é uma rede social que logrou, nos últimos anos, um sucesso enorme, com milhões de usuários visualizando e produzindo vídeos na plataforma. Até aí, nenhum problema, já que inúmeras outras redes sociais têm a mesma forma de funcionamento. Acontece que a rede social chinesa roubou um grande mercado que os EUA julgam ser seus. A empresa praticamente dominou o globo, tendo grande audiência e a entrada de figuras famosas no meio digital.
Os EUA, mais uma vez, se viram ameaçados diante da concorrência chinesa. E é assim que funciona o capitalismo na fase imperialista: eles procuram perseguir todo aquele que ameaça concorrer com suas forças. Isso justifica as inúmeras, como as duas Guerras Mundiais, assim como o atual conflito na Ucrânia, que tem como pano de fundo o boicote ao gás russo pelo mercado europeu, que, devido às sanções impostas contra a Rússia, passou a comprar o gás norte-americano. Ou seja, a ideia de livre concorrência propalada pelos liberais norte-americanos só existe desde que o monopólio imperialista não seja ameaçado.
Voltando à questão do TikTok, a empresa tem sido alvo de inúmeras calúnias por parte do imperialismo norte-americano, assim como ocorreu com o aplicativo russo Telegram, que concorre com o WhatsApp, aplicativo que pertence à Meta, companhia que detém o Facebook. A dita tentativa de proteger o cidadão, contudo, esconde interesses comerciais.
Dentre as acusações, está a que o TikTok favorece conteúdos que expõem crianças a comportamentos destrutivos, como suicídio, automutilação, uso de drogas etc. Acontece que, para a criança estar sujeita a esse tipo de situação, não é necessária a atuação de uma rede social.
Desse modo, foi realizada uma audiência promovida pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA para tratar da questão do TikTok. A audiência durou absurdas cinco horas e foi politicamente manipulada para cobrir seu verdadeiro propósito de roubar a empresa lucrativa da China.
“Enquanto os legisladores dos EUA agiam como se estivessem buscando uma solução para garantir a segurança dos dados, a audiência acabou sendo um show político projetado para difamar uma empresa internacional de origem chinesa e encobrir seu verdadeiro propósito de roubar a empresa da mão dos chineses”, disseram especialistas ouvidos pelo site Global Times.
Essa caça às bruxas contra o TikTok é mais um episódio de uma guerra econômica. Os EUA já não conseguem mais esconder sua decadência, a cada dia fica mais claro porque atacam a Rússia, China, ou destroem, países inteiros, como fizeram com o Iraque.