
Demissões
Em ataque aos bancários Banco Safra demite 147 de uma vez só
Banqueiro do Safra demitiram de uma só vez mais de uma centena de trabalhadores com a justificativa de não cumprimento de meta de venda de produtos
- Banco Safra
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- Foto: Reprodução
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Os bancos privados no País estão numa verdadeira cruzada contra os trabalhadores bancários em relação aos seus empregos.
Desta vez foram os banqueiros golpistas do Safra que demitiram recentemente, de uma só vez, 147 trabalhadores, com a justificativa de que os mesmos não cumpriram as metas estabelecidas pelos patrões.
Segundo as denúncias dos trabalhadores, grande parte das metas exigidas pelos patrões são inalcançáveis. Entra acordo coletivo, sai acordo coletivo, em que consta, na cláusula em relação às metas, realização de reunião para tratar do tema, uma jogada que continua sendo uma justificativa dos banqueiros para, na verdade, continue enrolando as entidades sindicais e os bancários para que eles mantenham a política de ataques através das demissões e, nesse sentido, continuarem lucrando os tubos às custas da miséria da categoria.
Sempre é bom lembrar que, segundo pesquisa do Dieese, o assédio moral nos bancos, para que os funcionários cumpram metas de vendas de produtos, é o principal responsável pela péssima qualidade de vida dos bancários. Com essa nova leva de demissão, agora no Banco Safra, fica comprovado , mais uma vez, ao contrário do que querem fazer parecer, os banqueiros que aprovam cláusula no acordo coletivo de uma suposta medida em defesa dos funcionários fazem apenas o mínimo para manter a farsa demagógica, mas eles só cumprem o acordo na medida em
que os convém.
Na semana passada, este Diário denunciou a demissão realizada pelos banqueiros do Itaú/Unibanco de 80 funcionários, cuja a justificativa esfarrapada foi de que os funcionários utilizaram indevidamente o pedido de reembolso no plano de saúde. Um verdadeiro absurdo.
Somente os cinco maiores bancos do País (Itaú/Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander), do ano do golpe de Estado de 2016 até o ano de 2021, jogaram no olho da rua nada menos do que 50.243 trabalhadores.
Ou seja, uma categoria que no ano de 2016 contava com 439.422 bancários, em 2021 contava com apenas 389.179. No ano de 2022, conforme dados do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, ocorreram na categoria bancária 38.126 demissões e, como se pode verificar, o ano de 2023, no andar da carruagem, a situação só tende a piorar. As direções sindicais devem exigir o cumprimento do acordo, feito com a categoria e, não acreditar em promessas dos patrões. É necessário organizar uma gigantesca mobilização para impedir a ofensiva reacionária dos banqueiros que estão se utilizando das demissões para aumentarem os seus fabulosos lucros.




