“A China deverá ser responsável por cerca de 1/3 do crescimento global em 2023, dando um impulso bem-vindo à economia mundial”. Declarou Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), um órgão controlado pelo imperialismo mundial, se pronunciou dizendo que “os riscos à estabilidade financeira global aumentaram”. A declaração foi feita no último domingo (26) durante evento em Pequim, na China.
A diretora ainda acrescentou que o rápido aumento das taxas de juros mundiais para conter a inflação causam inevitavelmente vulnerabilidades no mercado, evidenciada pela falência repentina de bancos nos Estados Unidos.
Em um ato de quase redenção, Georgieva destacou que a China deve ter importante contribuição para o crescimento econômico global em 2023. O FMI espera que o PIB (Produto Interno Bruto) chinês cresça 4,4%. Nas palavras da economista Búlgara: Por este pronunciamento se mostra todo o envolvimento do imperialismo com a China. Em 2022, a China teve um crescimento de 3% do PIB, sendo abaixo dos 5,5% estimados em março pelo governo. Um fator importante, que mostra a decadência mundial, foi o 2º pior resultado do país desde 1976, superando a taxa de 2020, quando a pandemia de covid-19 freou a economia chinesa.
A quebra do Silicon Valley Bank (SVB), nas últimas semanas, junto com os bancos europeus, foi um alerta para os grandes capitalistas. Não há mais mar seguro e nem ondas confiáveis. A quebra bancária coloca na pauta a fome, miséria e a superexploração.
A burguesia não pode dar uma saída à crise, que só pode aplicar os velhos mecanismo de contenção que, são paliativos, apenas empurram um pouco para a frente a crise que inevitável que vem se formando.
Declarações recentes de Biden deixam claro que o imperialismo não está em condicões de socorrer todo sistema financeiro, como se fez em 2008, quando foram despejados trilhões de dólares de dinheiro público para salvar empresas que, segundo justificatia, seriam “grandes demais para falir”.
Apesar de tudo, a crise de 2008 não foi totalmente superada e já se pressente que virá coisa ainda pior. O remédio do imperialismo é jogar nas costas do trabalhador, como sempre, o ônus da crise com o aumento da exploração. Mas temos encontrado uma classe trabalhadora cansada e não diposta a continuar pagando. É o que temos visto na França, onde as manifestações de rua estão incendiano o país. Na Alemanha a situação também é muito tensa.
Se o governo francês está enfrentando uma situação quase incontrolável, na Alemanha a situação de conflagração também está por um fio. O aumento de greves e manifestações contra o envolvimento no conflito na Ucrânia tem ganhado peso.
As contas vêm aumentando enquanto se aprova o envio de armas para a Ucrânia. O trabalhador já entendeu que estão envolvendo o país em uma guerra que é claramente provocada pelos Estados Unidos.
O protagonismo que vem assumindo a classe trabalhadora na Europa aponta para o aumento da polarização entre capital e trabalho. O governo Macron resolveu bancar sua aposta e quer mexer nas aposentadorias na base da força. Se ceder às pressões das ruas, isso pode contagiar os trabalhadores de outros países.
O cenário é bastante explosivo, existe uma mistura de crise econômica profunda, iminência de uma guerra generalizada na Europa e a entrada em cena dos trabalhadores. Sinal de que muita coisa pode mudar em um futuro muito próximo.