A Federação Internacional de Atletismo decidiu, na última semana, que será proibida a participação de mulheres transgêneros competindo na categoria feminina.
Após muita reivindicação por parte das atletas do sexo feminino, essa decisão vem sendo tomada em várias categorias esportivas. Foi convencionado também, pelo Comitê Olímpico Internacional, em 2021, que cada categoria teria a liberdade de decidir se aceita ou não a participação de mulheres transgêneros na categoria do sexo feminino.
A grande polêmica se estabelece pelo fato de que atletas do sexo masculino que tenham passado por um processo de transição de gênero não deixariam de se beneficiar do fato de serem, na realidade, do sexo masculino.
A ciência diz que ainda que tenham passado por um procedimento hormonal e diminuído seu nível de testosterona, as atletas trans que já passaram pelo período da puberdade ainda guardariam vantagens sobre as mulheres em termos de força física, massa corporal, altura, tamanho das mãos, essas circunstâncias não seriam contornadas com a transição cirúrgica e hormonal.
“Ah, eu acredito que existem 145 gêneros’. Beleza, cada um acredita no que quer. Mas você não pode impor sua ideologia para atletas que estão competindo e que dependem disso, que vivem disso, e que estão botando a cara em jogo lá. Isso não tem nem discussão. Não sei nem por que o povo discute tanto isso, dá tanta atenção para esse tipo de coisa. Tem coisa que é ciência, não tem espaço para esse tipo de ideologia. Tem fatos. Se você botar um cara que nasceu homem, por mais que ele tenha tomado hormônios (femininos), ele vai ter vantagem. Isso é fato. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Na luta, na corrida, no levantamento de peso, no vôlei, em qualquer coisa”, disse recentemente em entrevista a um podcast o veterano lutador de MMA, Demian Maia.
A decisão da Federação Internacional de Atletismo, como já era de se esperar, gerou críticas por parte dos trans ativistas, como foi o caso da atleta australiana Ricki Coughlan que disse temer que a decisão gere “uma onda de ódio contra os transsexuais…”.
Porém, apesar disso e apesar de a Federação ter anunciado que a decisão ainda pode estar aberta à discussão, a novas evidências científicas etc, é certo que a proibição de que pessoas do sexo masculino disputem fisicamente com as do sexo feminino deve prevalecer.
Isso não só pela evidência científica da diferença física entre os sexos, mas até mesmo pelas circunstâncias sociais em que são colocados ambos os sexos. Enquanto as pessoas do sexo masculino são estimuladas desde muito jovens a estarem na rua, a utilizar de todas as formas o seu corpo, as mulheres são em geral tratadas de forma muito mais comedida. Portanto, até por essa razão, achar que ambos os sexos estão em pé de igualdade para competir fisicamente entre si é uma falácia.