Os direitos humanos devem ser os argumentos mais hipócritas e cínicos que o governo dos EUA usa contra os países que não se curvam diante da chantagem dos interesses imperiais.
Para atacar esses povos, parece que os ideólogos da Casa Branca escavam as entranhas de sua própria sociedade, tiram um pedaço do câncer que a corrói, e daquela violação que é mais grave e repulsiva, pegam uma cópia e a descrevem em cenários estrangeiros, com a audácia de culpar os outros.
Fizeram isso novamente contra Cuba, de acordo com o chamado Relatório dos Direitos Humanos 2022, uma saga de calúnias contra a Ilha, que o membro do Bureau Político do Partido e ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla descreveu em 21 de março como inaceitável.
«Com o vergonhoso registro de violações e abusos de seus próprios cidadãos, os EUA deveriam se abster de estigmatizar os outros», disse o ministro das Relações Exteriores no Twitter, acrescentando que a liderança em Washington «tenta em vão disfarçar seu comportamento intervencionista e interferente».
O relatório dos EUA alude ao fato de que «em Cuba os tribunais proferiram sentenças draconianas de prisão a centenas de pessoas por protestarem por seus direitos»; entretanto, paradoxalmente, as avaliações realizadas pelas Nações Unidas em 2022, explicam que os Estados Unidos continuam descumprindo seus compromissos com os direitos humanos, especialmente na área da justiça racial, e isto se reflete na incapacidade do país de pôr fim ao racismo sistêmico ligado aos legados da escravidão.
Que lições pode dar a nação que continua registrando os maiores índices de encarceramento criminal do mundo, com quase dois milhões de pessoas presas em cadeias e presídios estaduais e federais em qualquer dia, de acordo com dados citados pela Prensa Latina?
O que pode o país em que metade de todos os departamentos de polícia se recusa a informar sobre o uso da força, exigindo a coleta e análise de dados não governamentais; mesmo sabendo que só em 2022, a polícia norte-americana matou mais de 400 pessoas, incluindo três vezes mais negros do que brancos?
Fonte: Granma