Flavio Dino, ministro da justiça, foi até o Rio Grande do Norte no domingo, dia 19, e lá, acompanhou o combate aos ataques iniciados no ultimo dia 14 de março, com incêndios e disparos contra prédios públicos. Segundo a polícia, as ações são orquestradas por uma facção criminosa. O ministro da Justiça então, anunciou investimentos de R$ 100 milhões para a área de segurança pública do Rio Grande do Norte, durante entrevista coletiva, no fim da manhã desta segunda-feira (20/03). Esse valor, segundo o próprio ministro, sairá do Fundo Nacional de Segurança Pública bem como do Fundo Penitenciário Nacional, tais recursos vão além dos gastos e são considerados “recursos extras”.
“Nesse ano nós vamos investir R$ 100 milhões no Rio Grande do Norte. Esse recurso será repassado para áreas que foram definidas nesse diálogo com o governo estado. Destaco que estamos assumindo o custo de três obras importantes para o estado: o Itep, o regimento de cavalaria e o complexo da Polícia Civil. Essas despesas serão assumidas pelo governo federal, o que vai permitir que a governadora dirija esses recursos que iriam para essas obras para aquisição de viaturas e armamentos imediatamente. Estamos liberando capacidade de investimento”, disse o ministro direitista. “Além disso, nós vamos destinar imediatamente ao estado viaturas e armas longas, carabinas, que vão ampliar o poder de resposta das policiais estaduais. Já temos parte desse equipamento comprados e que será entregue ao longo dessa semana ou da próxima”, acrescentou ele.
Um trabalho desses conhecemos, além de servir para tapar o sol com a peneira (no quesito da Segurança Pública mesmo, pois com tamanhos gatos (recursos) a Segurança do Povo e do Cidadão comum, também não ajuda na mudança que propõe. A população carcerária permanece igual ou, se bobear, pior ainda de que como entrou no crime e foi presa, e, de quebra, ainda serve para enganar a população sobre o real problema, ou seja, as condições de encarceramento dos presidiários, bem como os direitos dos mesmos, que estão constantemente sendo violados, ora pela PM, a mando sempre do Estado. Estado burguês, que se quisesse e pudesses, colocaria qualquer pessoa, comum mesmo, de trás das grades.
Logo, o ministro da direita Flavio Dino (infiltrado dentro dos quadros de Governo do Presidente Lula) , ao invés de verificar a real situação dos presos no Estado, que entrou em calamidade pública com a situação, esse caos que gerou-se claro, devido à violência estatal e da policia e penitenciaria, não, resolve ajudar e auxiliar o próprio Estado do Rio Grande do Norte, e os repressores, ao invés dos cidadãos (muitos deles presos injustamente, ou com penas escabrosas que não seriam corretas em nenhum lugar “democrático”).
Os presos, ao que pese a violência que fazem , estão reivindicando por uma melhoria de suas condições desumanas. Como o mundo é violento para com eles, o que eles fazem é responder com violência também. Eles vivem em masmorras, privados de liberdade e a real função de melhoria social (que é o objetivo final que prega a Imprensa e a Burguesia em relação às cadeias, para a melhoria de vida dos que nelas habitam) não funciona, de fato. Quando resolvem reivindicar contra tamanha falta de humanidade do Estado (que é burguês, portanto “não humano”) , o Estado maior, nacional, age contra eles. Sendo assim, o que temos a acrescentar é que tais recursos, como explica na matéria do G1, apenas servem para aumentar ainda mais os recursos repressivos: munições, armas, etc.
Na mesma entrevista, a governadora do RN, Fátima Bezerra, afirmou que os recursos também serão utilizados para ampliação de vagas e compra de equipamentos para o sistema prisional do estado: O estado conta com um efetivo extra de 700 agentes das forças federais e da força nacional, além de militares enviados por outros estados. O governo ainda espera a chegada de mais 290 agentes da Polícia Rodoviária Federal.