A ilha partilhou as suas experiências e desafios esta semana durante o Fórum da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação (CMSI), que decorreu até ontem nesta cidade suíça, encontro em que González chefiou a delegação da nação antilhana.
Em diálogo com Prensa Latina, o alto funcionário discutiu detalhes da participação no mecanismo anual de acompanhamento da cúpula que promove o acesso inclusivo às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), objetivo pelo qual ratificou o compromisso de seu país.
Continuamos a avançar em várias áreas, nomeadamente no desenvolvimento das infraestruturas de telecomunicações, Governo e Comércio electrónico, criação de plataformas digitais próprias e formação de capital humano, que tem sido um dos pontos fortes da Revolução, explicou.
Segundo o primeiro vice-ministro, no âmbito desta estratégia, a cobertura da Internet atinge perto de 70% da população, com passos na implantação da tecnologia 4G.
Os avanços na transformação digital são acompanhados por ações de cibersegurança, sob a premissa de proteção de dados públicos e pessoais, especificou.
González insistiu na prioridade dada em Cuba à moderna ferramenta de governo eletrônico com mais de 260 plataformas ou portais ativados, com base no enfoque de ir além da presença de instituições na Internet para facilitar a interação com o povo e a participação cidadã.
Melhorar a qualidade do serviço, reduzir procedimentos e interagir com a população fazem parte dessa visão, com uma transformação digital que visa melhorar a vida das pessoas e promover o desenvolvimento económico, sublinhou.
Para o representante da ilha no fórum da WSIS, não se pode ignorar que Cuba está trabalhando nessa área em um contexto particular, marcado pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas.
O cerco de Washington representa o principal obstáculo ao desenvolvimento e utilização das TIC, causando graves limitações no setor das telecomunicações, impacto que podemos ilustrar, por exemplo, com a impossibilidade de acesso a dezenas de plataformas internacionais envolvidas no fluxo e intercâmbio de informações, denunciou.
Ele também lembrou que a maior das Antilhas enfrenta ataques sistemáticos e ações desestabilizadoras do ciberespaço, que contradizem o espírito da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação.
Diante do cenário complexo, González reiterou que seu país segue no rumo, com vontade política e respostas que incluem o aumento das possibilidades e capacidades da indústria nacional.
Somos favorecidos pelo capital humano criado pela Revolução nestes anos e pela visão de defesa da identidade, cultura e soberania no caminho para a informatização da sociedade, insistiu.