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Banimento do Tik Tok

“É um dos casos de censura mais alarmante das últimas décadas…”

[...] É uma ameaça grave feita diretamente pela república desse país que se diz a terra de liberdade, a terra dos homens livres..." - Eduardo Vasco, militante do PCO.

Nas últimas semanas o Imperialismo vem promovendo uma cruzada antidemocrática contra a rede social chinesa Tik Tok. A censura iniciou-se com os Estados Unidos da América, cujo governo há algumas semanas proibiu seus funcionários estatais de usar referida rede. A medida foi seguida pelo Canadá e governos de países da União Europeia. Na última semana, o Reino Unido somou-se à lista.

Na sexta-feira, dia 17 de março de 2023, foi ao ar, como de costume, o programa da Causa Operária TV “Não Compre Jornais, Minta Você Mesmo”. Apresentado por Eduardo Vasco (Militante do Partido da Causa Operária Autor do Livro “O Povo Esquecido”), com comentários de Sifa (também Militante do PCO), falou-se a respeito do banimento do Tik Tok.

Vasco apontou que, embora o Tik Tok seja chinês, não há nada aparente nesta rede social que faça transparecer que a mesma seja chinesa, ou que seja algum tipo de mecanismo de controle e/ou espionagem por parte do Estado Chinês ou do Partido Comunista da China.

Tudo está em inglês, tratando-se de uma rede utilizada por centenas de milhões de pessoas ao reder do globo terrestre. Ademais, é uma empresa privada, e não estatal.

Vasco aproveitou para noticiar que agora o Imperialismo Norte Americano exigiu que os donos chineses do Tik Tok vendam suas ações da ByteDance (empresa proprietária do Tik Tok), caso contrário a rede será banida do EUA, país que concentra mais de 100 milhões de usuários.

O ultimato dado pelo Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), liderado pelo Tesouro dos EUA. A ameaça agora se consubstancia em um projeto de lei (o Restrict Act) é apoiado invariavelmente pelo governo Biden.

Em resumo, a ameaça é indiscutivelmente uma tentativa de censura.

O governo norte-americano alega que tal medida seria para proteger os dados da população estadunidense, e alega haver temores de que os dados de usuários do Tik Tok nos EUA possam ser repassados ao governo da China.

Como bem apontou Vasco, este “é um dos casos de censura mais alarmante das últimas décadas, eu acho. O aplicativo, se não é o mais popular dos EUA, é um dos mais populares e também um dos mais populares do mundo. […] É uma ameaça grave feita diretamente pela república desse país que se diz a terra de liberdade, a terra dos homens livres, e que acusa, justamente, a China, de ser uma ditadura que censura as redes sociais, que acusa a Rússia de ser uma ditadura que censura as redes sociais. Qual é o país do mundo que está banindo o Tik Tok? Os Estados Unidos! Não é a Rússia, não é a China, não é a Venezuela, não é Cuba. São os Estados Unidos. E os países que estão restringindo a utilização do Tik Tok são outras grandes democracias, como o Canadá, o Reino Unido e os países da União Europeia”.

Sifa foi preciso em seu comentário, ao denunciar a hipocrisia do Imperialismo, que exige dos países atrasados uma conduta que eles nunca cumprem (neste caso, o respeito às liberdades democráticas, em especial liberdade de expressão, de imprensa).

“O Imperialismo são mestres nisto, eles são cínicos”.

Sifa lembrou também que ameaça de banimento do Tik Tok não é a primeira. Ela havia sido aventada antes no governo de Donald Trump, sob as mesmas alegações esfarrapadas, de suposto roubo de dados dos cidadãos norte americanos. Como bem apontado pelo militante do PCO, a real intenção por parte do Imperialismo é alijar a burguesia de um país atrasado (China, no caso) de uma importante e lucrativa empresa, que vem penetrando em uma fatia do mercado dominado pelos monopólios imperialistas das redes sociais.

Assim, Sifa conclui que o fato de essa política permanecer durante tanto os governos Trump quanto Biden, mostra que é uma política do Estado Imperialista Norte Americano, ou seja, do próprio Imperialismo, voltada contra o avanço econômico de um país atrasado como a China, avanço este que só é possível por causa do progressivo enfraquecimento do próprio imperialismo.

Vasco conclui explicando a natureza imperialista do Estado norte-americano, ou seja, de um Estado Nacional a serviço dos monopólios capitalistas. Nesse caso específico, a serviço dos grandes monopólios capitalistas da tecnologia e da comunicação, tais como Facebook, Google, Apple, Microsoft, os quais, por sua natureza de monopólio, não aceitam concorrência.

Conclui de forma precisa, versando que “a liberdade que os EUA tanto apregoam: não existe liberdade de imprensa e liberdade de expressão praticamente, nos EUA […] e nem mesmo a liberdade concorrência, que os liberais e neoliberais tanto pregam […] eles não defendem minimamente esse direito de livre mercado, pois ameaça o monopólio, que é justamente a base de sustentação do sistema imperialista em que a gente vive, e que é dominado principalmente pelos EUA ”.

No final das contas, a justificativa de espionagem e roubo de dados é um véu, uma máscara para esconder a velha rapinagem imperialista dos países atrasados.

Veja mais no vídeo abaixo:

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