No início de março, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma resolução para manter as sanções à Síria, país que passa por uma tragédia de níveis inimagináveis devido ao terremoto que atingiu o país. Essa medida mostra uma verdadeira política genocida promovida pelos EUA.
O terremoto que atingiu a Síria deixou ao menos 5.900 mortos, uma tragédia que mereceu maiores mobilizações no sentido de prestar ajudas humanitárias ao país.
A resolução foi apresentada pelo deputado Joe Wilson, do Partido Republicano, e recebeu 51 co-autores. Foi aprovada em uma votação de 414-2 . Apenas os deputados Thomas Massie e Marjorie Taylor Greene, ambos do Partido Republicano, votaram contra a medida.
A resolução alegou que o governo do presidente sírio Bashar al-Assad estava mentindo sobre as sanções dos EUA impedirem a resposta de ajuda ao terremoto. Contudo, é sabidamente um fato que as sanções dos EUA estão sabotando as ajudas humanitárias, fato que tem sido corroborado pelo chefe do Crescente Vermelho Árabe Sírio e por especialistas da ONU. Essa sabotagem tem surtido efeitos mais graves que o próprio terremoto em si.
Não bastasse isso, os Estados Unidos estão ocupando o nordeste sírio e roubando 80% da produção de petróleo do país. Ou seja, os recursos que poderiam ser utilizados para recuperar a Síria estão sendo roubados por aqueles que também impedem que chegue ajuda internacional. Isso mostra o verdadeiro caráter do imperialismo, que é de genocídio contra quem considera inimigo.
É sempre importante lembrar que essa política monstruosa do sufocamento do povo sírio é obra do Partido Democrata, o mesmo Partido que a esquerda pequeno-burguesa brasileira vislumbrou como salvação da humanidade. Joe Biden põe em público, dia após dia, a política “humanista” de seu país, política essa que vive do sangue dos oprimidos.
Essa mesma esquerda pequeno-burguesa atacou e caluniou tanto o PCO quanto o DCO acusando de Trumpistas quando denunciaram que Joe Biden era o candidato imperialista das últimas eleições presidenciais norte-americanas. Acreditavam que, por Joe Biden ter Kamala Harris, uma mulher negra, como candidata a vice-presidente, ele era o representante de uma política progressista contra o fascismo. Isso mostra como o identitarismo tem soterrado a política da esquerda.
O que o governo de Joe Biden tem feito na Síria é a mais pura essência do fascismo imperialista. Os Estados Unidos estão condenando aquele povo à miséria e morte por pura diferença ideológica. Isso não tem outro nome senão fascismo, e deve ser denunciado como tal.