No Aeroporto de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a terceirizada de nome DNATA, prestadora de serviços para as empresas Latam, Gol e Azul, consegue deixar as instalações que utilizam nas piores condições possíveis e imagináveis para o trabalho de seus funcionários. A situação é tão crítica que os trabalhadores sequer têm água potável para beber, pois são proibidos. denunciou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA)
Conforme denúncia apresentada pelos trabalhadores da terceirizada e apresentada ao Ministério Público do trabalho (MPT-RN), há grande concentração de sujeira nos ambientes onde ficam os armários e banheiros e, o local em que são feitas as refeições é muito pequeno e não tem sequer um micro-ondas para esquentar a comida, tem várias goteiras. O fato mais grotesco é que o DNATA impede até os aeroviários de beber água.
São inúmeras as irregularidades cometidas pela terceirizada, tais como:
– As férias são avisadas, muitas vezes, apenas dois ou três dias antes de se iniciarem, impossibilitando os trabalhadores de se programarem.
– Reuniões com as gestões são intimidadoras, resultando quase sempre em assédio moral;
– A gerência proíbe profissionais da rampa de beberem água durante o atendimento de voos. Considerando que, geralmente, não há tempo de descanso entre o suporte a uma aeronave e outra, trabalhadores ficam impossibilitados de se hidratarem na pista.
– Trabalhadores com carga horária de três e quatro horas diárias são obrigados a fazer hora extra de até duas horas, sem direito a intervalo.
– Os que atuam com jornada de seis, com frequência também não conseguem uma pausa durante as atividades.
– Trabalhadores não recebem a remuneração dos domingos e feriados, conforme estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria;
– a exploração é tanta que, o trabalho, que deveria ser realizado por duas ou três pessoas, é feito por um único aeroviário.
Privatização
Assim como ocorre com a DNATA, terceirizada das empresas de aviação Latam, Gol e Azul, o Aeroporto, que em 2011 foi privatizado e quem arrematou São Gonçalo do Amarante, na capital potiguar, depois de desfrutar das suas instalações e engordar suas contas bancárias, em 2020, depois de nove anos de mamata, resolveu devolver o aeroporto, também sucateado e, é claro, com ressarcimento dos “investimentos realizados”.
Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) há uma nova licitação com prazo para entrega até o dia 16 e, informou ainda, em nota, que até a assinatura do contrato definirá o valor da indenização a ser pago pelo vencedor da disputa. O lance mínimo foi estipulado em R$266,9 milhões. Se a oferta não cobrir, caberá à União pagar o restante. Um verdadeiro negócio da China.
Não a entrega dos aeroportos
O sucateamento do trabalho a partir de empresas terceirizadas é nítido, a exemplo que relato dos trabalhadores e, ajuda bastante, quando o governo, do tipo do golpista bolsonaro, que perdeu as eleições, para agraciar a seus pares fazem esquemas como o do aeroporto de Natal. desta forma, todas as concessões devem ser anuladas. E, no caso das terceirizadas, que todas as irregularidades sejam sanadas, seja pela terceirizada, ou mesmo pela administração do aeroporto, que está, neste momento, nas mãos do governo federal, o qual deve anular toda e qualquer entrega das estatais, sejam aeroportos, banco, correios, Petrobras, etc. e, ainda reestatizar as que já foram privatizadas.