A CUT São Paulo repudia com veemência a ação policial realizada no último sábado, 4 de março, contra os líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior e Luciano de Lima, na cidade de Mirante do Paranapanema (SP).
As duas prisões possuem cunho político em evidente retaliação às jornadas de ocupações promovidas pela FNL durante o carnaval, que teve como objetivo debater a falta de comida nos lares de milhões de brasileiros em um dos países que mais produz alimento no mundo. A ação “Carnaval Vermelho” parece ter incomodado o agronegócio.
De acordo com a versão da PM, divulgada amplamente pela mídia comercial, as duas lideranças teriam “tentando extorquir os fazendeiros”, situação refutada pela Frente. No entanto, alguns questionamentos pairam no ar: quem teria chamado a PM? Por que a prisão aconteceu sem o devido julgamento, desrespeitando o princípio da presunção de inocência?
Com esse movimento do final de semana, assistimos, mais uma vez, o aparelhamento do Estado, agora sob a gestão do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), para criminalizar os movimentos populares e perseguir as lideranças que lutam pela garantia de direitos básicos.
As prisões arbitrárias das lideranças do FNL só reforçam a política de repressão que os governos alinhados ao agronegócio fazem com os movimentos do campo e de defesa da reforma agrária.
A CUT São Paulo presta solidariedade aos companheiros Rainha e Luciano e a todos os integrantes do FNL e convoca a militância a se unir nessa luta em defesa dos companheiros, que têm o direito de responder a qualquer acusação em liberdade. Lutar não é crime!
Direção da CUT São Paulo
6 de março de 2023
Fonte: FNL