A montadora General Motors do Brasil, em sua fábrica na cidade de São José dos Campos, município do Estado de São Paulo, na última sexta-feira (03) começou a realizar demissões de seus funcionários.
De acordo com a imprensa e o próprio sindicato dos metalúrgicos de SJC, as demissões ocorreram em todos os setores da fábrica.
A empresa também já comunicou a implantação de férias coletivas, entre 27 de março e 13 de abril, sob o argumento de “readequação da produção”.
Em São José dos Campos, a fábrica possui cerca de 4 mil funcionários e produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissões. Segundo artigo divulgado na grande imprensa, 500 metalúrgicos serão desligados da GM SJC, o equivalente a 12,5% de seu quadro de funcionários.
Apesar do lucro
Já no início de 2023, as vendas da GM começaram em alta no Brasil. Em janeiro, houve um crescimento de 66% nas vendas da marca, em relação ao mesmo período de 2022. Na montadora de São José dos Campos, a produção está ocorrendo como nunca, com 280 carros fabricados por dia, bem mais que no ano anterior e com um lucro que passa dos 10 bilhões de dólares mundialmente.
Não às demissões
Durante o fim de 2023 e início de agora, os metalúrgicos das montadoras estão vivendo um clima de total apreensão. Pelo menos os operários de sete a oito montadoras sofreram ou estão sofrendo com as demissões, sendo elas: Mercedes, onde foram demitidos mais de 2 mil trabalhadores, a fábrica de motores do Paraná, da Stellantis, a Peugeot e Citroën da mesma Stellantis, na cidade de Porto Real, município do rio de Janeiro, Toyota de São Bernardo do Campo, a interrupção de produção de três das quatro montadoras da Volkswagen no Brasil, bem como, colocando seus funcionários em férias coletivas.
Não às demissões
É preciso que o movimento sindical fique atento às atitudes perversas das multinacionais automobilísticas quanto aos brutais ataques a seus funcionários.
Os patrões vêm se aproveitando da paralisia das direções dos sindicatos para, novamente, desferir mais um brutal ataque contra os trabalhadores.
É preciso mobilizar imediatamente os trabalhadores para barrar as demissões dos metalúrgicos da Stellantis, com o apoio da fábrica de Betim, ocupando suas instalações até que sejam revertidas as demissões.
É preciso também lutar pela proibição das demissões, pela divisão das horas de trabalho necessárias entre os empregados, reduzindo a jornada, sem reduzir os salários, dentre outras medidas emergenciais.